quarta-feira, dezembro 03, 2014
quinta-feira, novembro 27, 2014
Amazônia: dados oficiais mostram que
desmatamento caiu.
Meio ambiente 26/11/2014 - 22:18
Mapeamento entre agosto de 2013 e julho de 2014 aponta queda de 18%, diz
um dos sistemas do Inpe. Mas nos meses seguintes outros sistemas indicam
aumento de até 467% em outubro na comparação com o mesmo mês em 2013
Floresta amazônica, em Santa Rosa do Purus (Folhapress)
O desmatamento caiu 18% na Amazônia Legal entre agosto de 2013 e
julho de 2014 na comparação com o mesmo período no ano anterior,
apontam dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe). O resultado do mapeamento de 2014 apresentou taxa
de 4.848 quilômetros quadrados desmatados, comparados a 5.891 quilômetros
quadrados do período anterior.
Os números são do Projeto
de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), sistema do Inpe
que computa como desmatamento as áreas maiores que 6,25 hectares onde ocorreu
remoção completa da cobertura florestal – o chamado corte raso. A taxa de
desmatamento, segundo o governo, foi obtida após o mapeamento de 89 imagens de
satélite.
Os
dados do Prodes contradizem a estimativa divulgada em setembro pelo
Inpe de que o desmatamento havia crescido 9,8% na Amazônia no mesmo período, entre
agosto de 2013 e julho de 2014. Essa informação, porém, veio do sistema Deter
(Detecção de Desmatamento em Tempo Real), também utilizado pelo Inpe, mas com
uma função diferente do Prodes por ser menos preciso em suas medições.
Leia mais:
"O Deter tem uma
resolução espacial muito mais grosseira, não mede o total de área desmatada,
apenas dá um alerta. Por isso seus resultados saem antes, ele exige menor
capacidade de processamento", explica Marco Lentini, engenheiro florestal
e coordenador do Programa Amazônia do WWF-Brasil. Os dados do Prodes são
considerados os oficiais neste assunto, enquanto o Deter ajuda a tomar decisões
rápidas de controle de desmatamento.
Este
último sistema também costuma apontar tendências. E se considerados os dados
dos meses imediatamente seguintes ao período computado pelo governo, as
perspectivas não são otimistas. Segundo reportagem do jornal Folha
de S. Paulo, o Deter aponta aumento de 122% no desmatamento na
Amazônia no intervalo entre agosto e setembro deste ano, comparado com o mesmo
período do ano passado.
Dados
do sistema independente do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia
(Imazon) também confirmam a expectativa ruim. Comparando os meses de
setembro e outubro deste ano com os mesmos meses de 2013, os resultados
encontrados são alarmantes: o desmatamento cresceu 290% e 467%, respectivamente. "A tendência para
o ano que vem vai começar a ser analisada agora, mas parece haver um aumento
grande de 2014 em relação a 2013", diz o engenheiro Marco Lentini.
Regeneração — O Inpe divulgou também que mais de
172.000 quilômetros quadrados de área desmatada na Amazônia Legal estão em
processo de regeneração. Os dados fazem parte do TerraClass 2012, levantamento
feito pelo Instituto e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa). Para o TerraClass 2012 foram mapeados 751 quilômetros quadrados, o
total de desmatamento monitorado desde 1988, o que representa 18,5% da área da
Amazônia.
A ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira, ressaltou que, desse total, 113.000 quilômetros
quadrados se mantiveram em regeneração no período de 2008 a 2012. “Isso
significa que temos mais floresta em regeneração do que está sendo retirado”,
disse ela, explicando que no mesmo período foram desmatados cerca de 44,2 mil
quilômetros quadrados na Amazônia Legal, segundo dados do Prodes.
A avaliação divulgada
nesta quarta pelo Inpe representa a segunda menor taxa de desmatamento na
Amazônia desde que o instituto começou a fazer a medição, em 1988, com o
Prodes. A menor taxa foi registrada em 2012, quando foram desmatados
4.571 quilômetros quadrados. Os estados que mais desmataram no último
período foram o Pará, com 1.829 quilômetros quadrados; o Mato Grosso,
1.048 quilômetros quadrados; e Rondônia, com 668 quilômetros
quadrados. Entre 2013 e 2014, o Acre desmatou 312 quilômetros quadrados;
Amazonas, 464 quilômetros quadrados; Maranhão, 246 quilômetros
quadrados; Roraima, 233 quilômetros quadrados; e Tocantins,
48 quilômetros quadrados.
quarta-feira, novembro 19, 2014
Fósseis de “lagarto papagaio” são encontrados na Sibéria
http://br.rbth.com/ciencia/2014/11/17/fosseis_de_lagarto_papagaio_sao_encontrados_na_siberia_28291.html
17/11/2014 TASS
Fragmentos de esqueleto de dinossauro superam em tamanho descobertas
anteriores na Mongólia. Se os fósseis pertencerem a um animal adulto, novas descobertas permitirão identificar padrões de comportamento da espécie.
Dinossauros da família Psitacossauro viveram na Ásia há
100-130 milhões de anos Foto: wikipedia.org
Fragmentos
do esqueleto do maior Psittacosaurus sibiricus já encontrado no mundo, também
conhecido como lagarto papagaio, foram desenterrados perto da aldeia de
Chestakovo, na Sibéria Ocidental.
“Acredita-se
que o Psittacosaurus sibiricus seja quase duas vezes maior que o Psittacosaurus
gobiensis encontrado
na Mongólia”, disse Konstantin Tarassenko, do Instituto Paleontológico da
Academia de Ciências da Rússia.
“Agora
que temos fragmentos do crânio e uma vértebra, pensamos que esse dinossauro
adulto era uma vez e meia maior que os encontrados anteriormente na região. Ele
provavelmente chegava a três metros”, acrescentou o cientista.
Se
os fósseis pertencerem a um dinossauro adulto, as novas descobertas permitirão
identificar alterações no esqueleto do psitacossauro à medida que o animal
envelhecia. “Além disso, os achados aumentariam o conhecimento sobre seus
padrões de comportamento. Por exemplo, conseguiríamos reconstruir seu modo de
andar.”
Os
cientistas planejam explorar mais um monólito de solo para descobrir novos
achados paleontológicos. “Esses fósseis pertencem supostamente a
psitacossauros, mas não se exclui a possibilidade de encontrar outra espécie
ainda desconhecida.”
A
grande quantidade de ossos fossilizados no mesmo lugar podem indicar,
segundo Tarassenko, que essas criaturas morreram instantaneamente em um
desastre natural.
Os
dinossauros da família Psitacossauro viveram na Ásia há 100-130 milhões de
anos. Eram aproximadamente do tamanho de uma gazela e normalmente caminhavam
sobre duas pernas. Tinham focinho curto com um poderoso “bico” em seu maxilar,
o que os tornava parecidos com um papagaio gigante.
terça-feira, novembro 04, 2014
A agricultura familiar e a culinária gourmet
Evento A conexão essencial: o
produtor familiar e a cozinha reúne cerca de 90 chefs do Brasil em São Paulo
POR SÉRGIO DE OLIVEIRA- 03 de Novembro de 2014.
Horta orgânica (Foto: Manoel Marques/Arquivo
Globo Rural)
http://revistagloborural.globo.com/Colunas/sergio-de-oliveira/noticia/2014/11/agricultura-familiar-e-culinaria-gourmet.html
Na sequência da reunião de chefs globais com pequenos
agricultores que aconteceu no domingo em São Paulo (veja
a coluna de Bruno Blecher), teve início neste dia 3 e vai
até o dia 5 de novembro em São Paulo a Semana Mesa 2014, considerado o maior
encontro de enogastronomia do país. O mote deste ano é A conexão essencial: o
produtor familiar e a cozinha. Cerca de 90 chefs de cozinha do Brasil devem
participar.
Os alimentos produzidos por agricultores
familiares, além de abastecer a mesa dos brasileiros, também têm sido a escolha
de chefs de grandes restaurantes no país. “Quando um chef de renome passa a
incluir na elaboração dos pratos itens da agricultura familiar, ele reconhece a
qualidade desses produtos, o diferencial da produção artesanal. Isso valoriza o
trabalho do agricultor familiar”, avalia o diretor de Geração de Renda e
Agregação de Valor, da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Onaur Ruano. Segundo ele, a crescente
utilização de produtos da agricultura familiar em restaurantes famosos
demonstra “a qualidade dos produtos e o correto cumprimento de todas as normas
que garantem a segurança sanitária.”
Para o chef gaúcho Carlos Kristensen,
utilizar produtos da agricultura familiar é uma tendência que veio para ficar.
“A gastronomia está vivendo um momento que nunca tivemos antes. Mudamos o
paradigma de que o importado é melhor. Hoje, colocamos o produto local em
primeiro plano. E aí a aproximação com os agricultores é fundamental para
termos um produto orgânico, artesanal e de alta qualidade”, comenta o chef, ao
pontuar sobre o acesso a produtos locais. “Como cozinheiro, posso fazer uma
conexão, uma rede, unindo quem produz, quem prepara e quem consome. Todo mundo
sai ganhando”, conclui, ao destacar que a riqueza do Brasil passa também por
sua culinária e pela valorização dos produtos e receitas locais.
Serviço
Semana Mesa SP “A conexão essencial: o produtor familiar e a cozinha”
Data: 03 a 05 de novembro (segunda a quarta-feira)
Hora: 15h às 22h
Local: Centro de Convenções do Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro - Avenida Engenheiro Eusébio Stevaux, 823 – Santo Amaro – SP
Serviço
Semana Mesa SP “A conexão essencial: o produtor familiar e a cozinha”
Data: 03 a 05 de novembro (segunda a quarta-feira)
Hora: 15h às 22h
Local: Centro de Convenções do Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro - Avenida Engenheiro Eusébio Stevaux, 823 – Santo Amaro – SP
terça-feira, outubro 14, 2014
Cheia no Pantanal
Um
fenômeno natural, até quando?
Postado em 09 de Outubro de 2014.
Muito antes dos pesquisadores anunciarem a cheia
extraordinária deste ano, ribeirinhos do Pantanal já sofriam com seu impacto.
Muito antes dos pesquisadores anunciarem a cheia
extraordinária deste ano, ribeirinhos do Pantanal já sofriam com seu impacto,
pois em algumas regiões a inundação dos rios foi maior que a de 2011, ano em
que os prejuízos socioeconômicos para a população pantaneira e fazendeiros
foram significativos.
Em
Cáceres, no Mato Grosso, as águas alcançaram níveis superiores ao dos últimos
três anos, assim como na confluência dos rios Paraguai e São Lourenço, no Mato
Grosso do Sul, onde em maio, foi registrada a marca de 6,30 metros, sete
centímetros a mais que o pico da última grande cheia na região, que foi de
6,23.
Através
da análise de dados sobre a situação dos rios nas cabeceiras, das chuvas que
caiam na região norte do Pantanal e também das situações relatadas por
moradores das comunidades que vivem na região, técnicos da ONG Ecoa já previam
que ocorreria uma inundação anormal.
A partir
deste diagnóstico, em fevereiro foi iniciado um trabalho preventivo junto das
comunidades, com o objetivo de minimizar os efeitos de uma cheia atípica.
Porém, não foi suficiente para a proteção dos grupos de maneira integral, pois
os sistemas de alertas para estes eventos climáticos extremos ainda são
insuficientes.
De acordo
com Edna Da Silva Amorim, moradora da Barra do São Lourenço, comunidade que foi
assolada com a cheia de 2011, muitos moradores, apesar de as águas já terem
baixado, ainda estão sofrendo com os impactos da cheia deste ano.
“Quando
veio a cheia eu ainda ‘tava’ construindo minha casa, nem tinha terminado e veio
a cheia e a gente teve que ficar aqui no ‘tablado’ e os outros foram lá para o
aterro, agora eu estou reconstruindo minha casa em uma região mais alta
né?,” disse a moradora com receio de que sua casa seja invadida pelas águas
novamente.
Os locais
mais altos da comunidade são as melhores alternativas durante o período de
enchente, o principal deles é o aterro do Socorro, um direito que só foi
conquistado após 20 anos da expulsão da comunidade para a criação de uma
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
André
Luiz Siqueira, Diretor Presidente da Ecoa, explica que o direito da comunidade
de uso dessa região, foi graças a um processo para a identificação de terra da
União em propriedade antes considerada privada, mas que através de um
georreferenciamento de precisão, feito pela Secretaria do Patrimônio da União
(SPU), a pedido do Ministério Público Federal (MPF), concluiu-se que área em
questão se trata de “ilha em faixa de fronteira”, o que, segundo a
Constituição, é terra pública.
“Com este
reconhecimento a Associação da Comunidade recebeu um Termo de Autorização de
Uso Sustentável Coletivo (TAUS Coletivo), que permite que os ribeirinhos usem –
de modo consciente e de acordo com a legislação ambiental – os recursos
naturais da área, conhecida pelos moradores como Aterro do Socorro, além é
claro de poderem se se abrigar no local durante o período de cheia, esta é uma
das maiores conquistas para aquelas populações,” ressalta André.
Vazão
lenta
Muito antes dos pesquisadores anunciarem a cheia
extraordinária deste ano, ribeirinhos do Pantanal já sofriam com seu impacto
Para os pesquisadores e também para os ribeirinhos,
está foi uma cheia muito diferente das que foram registradas em anos
anteriores, além do alto nível dos rios em algumas regiões, a inundação da
planície este ano surpreendeu também pelo tempo de duração.
De acordo
com Vanessa Spacki, uma das pesquisadoras envolvidas no “Plano de Prevenção,
Mitigação e Adaptação a Impactos de Eventos Climáticos Extremos no Pantanal”,
está cheia chegou com atraso e teve a duração maior, ou seja, uma enchente
lenta e longa.
“Durante
a execução do projeto (Mapeamento de eventos climáticos extremos no Pantanal,
análise de seus efeitos sobre populações vulneráveis, capacitação local e
elaboração de propostas mitigatórias) pela Ecoa, realizamos um levantamento
sobre as cheias dos últimos seis anos e em nenhuma região houve uma cheia desta
proporção,” explica a pesquisadora, Mestre em Conservação da Biodiversidade e
Desenvolvimento Sustentável.
O
Pantanal possui um sistema hidrológico complexo – regido por ciclos de
enchentes, cheias vazantes e secas –, mas esta complexidade se agrava
atualmente. De acordo com o registro dos níveis do Rio Paraguai e seus
tributários, a planície continua inundada em um período em que a vazão já
deveria ter ocorrido.
Segundo
os dados do Serviço de Sinalização Náutica do Oeste, que acompanha o nível dos
rios Paraguai e Cuiabá, no início de setembro a régua de Bela Vista do Norte –
localizada no extremo norte de Mato Grosso do Sul, quase na divisa com Mato
Grosso – registrou 4,86 metros contra 4,04 metros do mesmo período no ano de
2011.
Se
analisado os dados do nível do pico da cheia do rio Paraguai na região – que
ocorreu no dia 13 de junho –, quando foi registrado o nível de 6,30 metros e no
dia 01 de setembro a altura da régua marcava 4,86, houve uma vazão de apenas
1,44 metros em 111 dias.
A lenta
vazão se manifesta mais claramente na sub-região pantaneira do Nabileque que
além do rio Paraguai, absorve também a água dos afluentes: Miranda, Aquidauana,
Taquari, Negro e Abobral.
Porto
Murtinho, distante 444 quilômetros de Campo Grande (MS), é a última cidade do
Pantanal na porção brasileira e lá se encontra a última régua do Serviço de
Sinalização Náutica do Oeste, onde o pico foi de 7,16 metros em 19 de junho no
dia 24 de setembro, registrou a altura de 6,73 metros; uma vazão de apenas 0,43
centímetros.
Esta
situação anormal preocupa moradores e pesquisadores, pois caso a água acumulada
na planície se mantenha até o início do período de chuvas, que deve ocorrer a
partir do próximo mês, esta situação será ainda mais alarmante.
quinta-feira, outubro 09, 2014
Nascente do rio Uberabinha tem água graças à área
de preservação
Segundo
Antonius Van Ass., o trabalho de preservação da cabeceira do Uberabinha existe
há muito tempo (Foto: Cleiton Borges.
Diferentemente
do que aconteceu na nascente principal do rio São Francisco, na Serra da
Canastra, que secou, a do rio Uberabinha, que fica em uma fazenda em Uberaba, a
75 km de Uberlândia, tem água e está com uma quantidade compatível com a
distribuição de chuvas deste ano, segundo o diretor do Instituto de Geografia
da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Cláudio di Mauro. Isso se deve ao
aumento da Área de Preservação Permanente (APP) na propriedade rural, resultado
de um acordo feito há nove anos entre o proprietário da fazenda, Antonius Van
Ass, e o Ministério Público Estadual (MPE).
Em
relação à quantidade de água da nascente, Di Mauro disse que a quantidade é
baixa, está menor do que o ano passado, devido ao período de seca e à falta de
cobertura vegetal. O especialista lembrou que, neste ano, a nascente está sendo
abastecida apenas pelo lençol freático. “Muitas áreas não têm cobertura vegetal
no entorno, por isso, não há infiltração e, consequentemente, não se tem tanta
disponibilidade de água.”
Segundo
Van Ass, o trabalho de preservação da cabeceira do Uberabinha existe há muito
tempo e, há nove anos, um acordo com Ministério Público Estadual ampliou a área
de preservação em 200%. “Eu plantava em 95% de toda área e hoje estou com 30%
de área de preservação que é de 400 hectares, conforme o acordo”, afirmou.
De acordo
com Cláudio di Mauro, o trabalho feito nessa propriedade deveria ser feito na
nascente como um todo. “O exemplo do que está sendo feito aqui precisa ser
expandido para outras áreas no entorno, nascentes dos afluentes e médio curso
do rio Uberabinha, em que os proprietários não têm a mesma preocupação”, disse.
Covoais
estão secos e vegetação ressecada
Embora a
nascente do rio Uberabinha no município de Uberaba, que fica a 75 km de Uberlândia,
esteja em uma situação razoável, os covoais estão secos. Os covoais são
pequenos montes de terra na superfície do solo, uma espécie de caixa d’água que
acondicionam a água e alimentam os lençóis freáticos dos rios Uberabinha e
Claro, de acordo com o diretor do Instituto de Geografia da Universidade
Federal de Uberlândia (UFU), Cláudio di Mauro.
A
situação dos covoais, segundo Di Mauro, também se deve ao período de seca e à
falta de cobertura vegetal. Em visita à região da nascente, o diretor mostrou alguns
locais em que os covoais estavam secos e a vegetação ressecada. “A água da
chuva é armazenada no solo subterrâneo e no solo de subsuperfície e estas áreas
de armazenamento alimentam o lençol freático dos rios. Por esse motivo, todas
as áreas de covoais precisam ser preservadas.” Di Mauro lembrou que algumas
áreas de covoais são destruídas pelos agricultores para fazer plantio.
Extração
de argila está suspensa há dois anos
Na
fazenda do produtor rural Antonius Van Ass, onde fica a nascente do rio Uberabinha,
a extração de argila refratária em uma área de covoais está suspensa há cerca
de dois anos devido a um processo na justiça movido pelo produtor contra a
Indústria Brasileira de Artigos Refratários (Ibar) pelo encerramento da
atividade na propriedade.
Segundo o
diretor do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU),
Cláudio di Mauro, para a argila ser extraída, é preciso remover parte da
cobertura do solo e drenar a água. Ele disse que o problema ocorre na extração
porque a drenagem da água abaixa o nível do lençol freático do rio. “Como agora
a extração foi parada não está afetando a nascente dos rios Uberabinha e rio
Claro”, afirmou.
Desde
2008, programa cercou 2 mil ha de APPs
A
proteção e recuperação das nascentes do rio Uberabinha e ribeirão Bom Jardim
têm sido uma das preocupações do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae)
que criou em 2008 o programa Buritis. De acordo com o órgão, desde a criação, o
programa cercou mais de 2 mil hectares de APPs e fez o plantio de 140 mil mudas
nativas do Cerrado, atendendo a um total de 120 pequenas e médias propriedades
rurais.
Segundo o
gerente ambiental do Dmae, Leocádio Pereira, os produtores rurais aderem de
forma voluntária ao programa. “Entre as ações de proteção estão o cercamento de
nascentes, a revegetação de áreas degradadas pela agricultura e pecuária e a
construção de curvas de nível, terraços e barraginhas.”
Pereira disse ainda que está em andamento uma parceria com a prefeitura de Uberaba para a continuação das ações do programa junto às propriedades daquele município. O secretário de Meio Ambiente de Uberaba, Ricardo Lima, disse que a parceria vai somar esforços para ampliar as áreas de preservação e reduzir os problemas com a falta de água em períodos de estiagem prolongada.
Pereira disse ainda que está em andamento uma parceria com a prefeitura de Uberaba para a continuação das ações do programa junto às propriedades daquele município. O secretário de Meio Ambiente de Uberaba, Ricardo Lima, disse que a parceria vai somar esforços para ampliar as áreas de preservação e reduzir os problemas com a falta de água em períodos de estiagem prolongada.
Confira
uma galeria de fotos da nascente do rio Uberabinha:
sexta-feira, setembro 26, 2014
Além de
relembrar a infância, uma jabuticabeira pode indicar, nos frutos, a influência
do clima na produção
Estagiária
Gabriela Troian, sob a orientação de J.G. Alves
Basta uma única jabuticabeira e pronto: uma via
para vários sentimentos está aberta. Essa árvore, geralmente cheia de “bolinhas
escuras”, remete aos tempos da infância, das brincadeiras e do contato próximo
à natureza, quando comer a fruta direto do pé era quase uma regra. Mas além do
passado, uma jabuticabeira também é um indicativo climático futuro: a floração
e a frutificação estão intimamente associadas ao regime das chuvas, que pode
adiantar a produção e determinar se ela será farta (ou não). Menos água, frutas
pequenas e em menor quantidade.
Dona Maria de Souza: rega para florir
A aposentada Maria Floripes de Souza, 76 anos, possui
três jabuticabeiras em sua chácara na cidade de Monte Mor (SP) e já sente os
reflexos da falta de chuvas, que ainda não aconteceram no volume esperado. Para
que os pés iniciem logo a florada, a aposentada rega-os diariamente. “Quando
está muito seco tem que colocar água. Este ano começou a florescer no final de
agosto, ficou a coisa mais linda! Depois de vinte dias, dá frutas e as árvores
ficam lotadas de bichinhos”, observa.
“A jabuticaba é 100% um reflexo da natureza. A forma
como o clima está se comportando refletirá no jeito em que a árvore irá se
comportar”, afirma a agrônoma Susanna Von Büllow Uilson, que possui em sua
fazenda (a Santa Maria, no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas, no interior
de São Paulo) mais de 115 jabuticabeiras das espécies ponhema, jabará e
paulista
Jabuticabeiras da Fazenda Santa Maria
Diferentemente das jabuticabeiras de Maria de Souza, as de Susanna
Uilson iniciaram a florada tardiamente, somente no mês de setembro, apesar de
as árvores possuírem as mesmas características. E são dois os fatores que motivaram
esta diferença: o primeiro está na altitude elevada, que reflete no ciclo; e o
segundo, a falta de chuvas regulares. A seca atípica também refletiu numa
florada menos intensa que em anos anteriores.
Segundo Suzanna Uilson, a falta de chuva é muito mais
prejudicial à produção do que a falta de luz, por exemplo. “Esse ano a florada
foi muito fraca, e é ela quem determina a produtividade. Por conta disso, já
posso prever que a colheita não será tão promissora”, aponta a agrônoma.
Novos
indivíduos
Plantio por sementes: 15 anos para crescer
Susanna Uilson explica que há diversas formas se plantar
uma muda de jabuticaba. As duas mais comuns são por borbulhias e por sementes.
A primeira garante uma produtividade mais rápida, pois consiste em “clonar”
outra árvore que já apresenta uma boa produção. De acordo com a agrônoma, em
três a quatros anos a árvore começa a produzir. “Geneticamente falando ela (a
árvore) é um clone da ‘mãe’. A jabuticabeira vai viver muitos anos, mas a
produtividade dela será mais curta, pois ela já ‘nasce’ com a idade da árvore
clonada”, explica Uilson.
Já pelo método de sementes, utilizado pela
agrônoma em sua fazenda, a produtividade é mais lenta, pois um novo indivíduo
está sendo formado. Para que a planta comece a produzir frutos, são necessários
cerca de 15 anos desde o plantio.
Além disso, as jabuticabeiras são
dependentes da polinização das abelhas para que novas árvores possam se
desenvolver. “Logo após a florada, abelhas
europeias (Apis
mellifera) entram na flor através da parte feminina, colhem o mel
e, no corpo delas, fica ‘grudado’ o pólen. A cada flor que as abelhas entram, um novo pé de jabuticaba irá
nascer”, conta a agrônoma.
Fruto
rico
Susanna Uilson: produção variada
A relação de uma jabuticabeira com a água não se
restringe somente à produtividade. O tamanho dos frutos também está relacionado
à abundância do recurso hídrico. Após anos de experiência com as árvores,
Uilson conta que quanto mais abundantes são as chuvas maiores serão as
jabuticabas. E, consequentemente, a falta ocasiona em frutos menores e mais
doces, pela concentração de sólidos solúveis. “Épocas de grande seca o fruto é
muito menor, cerca de 30%”, indica.
Quando o fruto começa a aparecer, de
setembro a novembro, é inevitável não se lembrar das jabuticabas comidas no pé,
nos licores caseiros e doces. Como diria Susanna Uilson, “jabuticabeira é coisa
de avó”. Mas além do gosto de infância, a jabuticaba tem propriedades que fazem
dela um alimento funcional. Ou seja, um alimento que traz benefícios ao
organismo.
A partir disso, a agrônoma contribui com
instituições de pesquisa, cedendo frutas e conhecimento. “Recentemente uma
pesquisa da Unicamp apontou que a jabuticaba possui altos teores de
antocianina, combatendo o câncer de próstata e o retardamento celular. Também
auxílio a Embrapa para estudos futuros”, aponta a Uilson.
Usos
e visitas
Primeiras frutas começam a amadurecer
O primeiro deles foi a produção de um licor de
jabuticaba totalmente sustentável. Ou seja, todos os resíduos da fabricação são
reaproveitados, utilizados na compostagem, de forma a suprir as plantas com
seus próprios nutrientes.
Além disso, Uilson abriu as porteiras da
fazenda para o “Pague
e Colha“, que acontece uma vez por ano, a cada produção. Durante
cerca de 15 dias, as pessoas podem visitar os jabuticabais e comer a quantidade
de frutos que quiser. Cada visitante paga um valor de entrada e pode ficar
quanto tempo quiser. Caso deseje, ainda é possível, ao final do passeio,
comprar jabuticabas. De acordo com a agrônoma, o preço varia de acordo com o
tamanho das jabuticabas e só pode ser determinado quando os primeiros frutos
começam a surgir.
Para agendar um horário de passeio no “Pague e
Colha” basta enviar
um e-mail para contato@fsantamaria.com.br ou reservas@restaurantedacapela.com.br.
quarta-feira, agosto 27, 2014
CAFÉ, A
BEBIDA MÁGICA: UM EXPRESSO PARA MELHORAR A MEMÓRIA
Por: Luis PellegriniMemória fraca? O consumo moderado de cafeína pode resolver esse problema. Novo estudo mostra que o café consolida nossas recordações visuais. E não apenas: a bebida tem várias outras propriedades medicinais nem sempre conhecidas pelos seus apreciadores. Sem falar nos seus atributos como “planta de poder”
Todos sabem que uma taça de café, pela manhã, tem o poder de nos
tirar do torpor do sono. Um novo estudo publicado na revista Nature
Neuroscience atribui ao café um outro efeito benéfico: O consumo moderado de
cafeína pode potencializar a memória a longo prazo (aquela que possui
capacidade ilimitada de armazenamento e que estoca as informações também por
tempo ilimitado), ajudando-nos particularmente nas tarefas de discernimento
visual.
Nesse estudo, Michael Yassa, neurocientista da Johns Hopkins
University de Baltimore, mostrou a 44 pacientes (nenhum deles grande consumidor
de café, e todos em “jejum” de café há pelo menos 24 horas) uma sequência de
imagens na tela do computador: um patinho de plástico, um automóvel, um
martelo, uma cadeira, uma maçã e outros objetos de uso comum.
À medida que cada imagem surgia, os voluntários tinham de
dizer se se tratava de um objeto para ser usado em ambiente aberto ou fechado,
mas a ninguém foi solicitado memorizar as imagens. Ao final do teste, a alguns
foi dada uma pastilha contendo 200 miligramas de cafeína (um café expresso
contem cerca de 150), e aos outros um placebo.
No dia seguinte, os pacientes foram colocados novamente diante
de uma sequência de imagens: algumas eram idênticas àquelas mostradas no dia
anterior, outras eram completamente novas, outras ainda eram ligeiramente
diferentes (no design do martelo, por exemplo; ou na posição na qual eram
mostradas).
Perguntou-se a seguir aos voluntários se cada figura que viam era antiga, nova
ou semelhante àquela vista no dia anterior; enquanto nos dois primeiros casos
ambos os grupos totalizaram resultados análogos, quem tinha tomado cafeína
reconheceu 10% a mais dos objetos similares.
Prudência é sempre bem vinda
Se o efeito for confirmado por estudos posteriores, o da memória
a longo prazo seria o enésimo benefício atribuído a um consumo moderado de
café. A substância já foi, no passado, associada a propriedades antitumorais, a
uma melhor capacidade de tolerância à dor, a uma certa longevidade e a uma
resistência mais alta contra o Mal de Alzheimer. Mas os neurocientistas ainda
pedem que esses resultados sejam examinados com uma certa cautela e pedem
testes ulteriores de confirmação, com o emprego de amostragens mais amplas.
Se forem verdadeiros, no entanto, os efeitos do café sobre nossas capacidade mnemônicas – talvez devido a um aumento da norepinefrina, um hormônio do estresse associado à consolidação das recordações – isso seria um tesouro a ser desfrutado da melhor forma possível.
Se forem verdadeiros, no entanto, os efeitos do café sobre nossas capacidade mnemônicas – talvez devido a um aumento da norepinefrina, um hormônio do estresse associado à consolidação das recordações – isso seria um tesouro a ser desfrutado da melhor forma possível.
Uma planta que perdeu a magia
O café era conhecido e usado no Oriente Médio, na região onde
hoje se situa a Etiópia, desde os primeiros séculos da era cristã. Segundo a
lenda, suas propriedades estimulantes foram casualmente descobertas quando os
nômades da região notaram que seus camelos ficavam excitados depois de comer os
grãos de um certo arbusto. Em pouco tempo, os nômades passaram eles próprios a
comer os grãos de café.
Os primeiros a usar o café com regularidade, segundo conta o
botânico norte-americano Andrew Weil, um grande especialista em “plantas de
poder”, foram os místicos muçulmanos, ascetas que buscavam estados alterados de
consciência, experiências como meditação, hipnose, transe ou êxtase religioso.
Costumavam reunir-se em grupos, uma noite por semana, com o objetivo de cantar
e orar até o amanhecer. Como ajuda para essa prática religiosa, tomavam muito
café. Mas não o tomavam fora das suas reuniões cerimoniais.
Assim, naqueles dias, o café era uma verdadeira planta sagrada,
capaz de transportar o homem para os domínios celestes. Existia apenas num
contexto religioso e ritual. Seus bebedores, segundo Weil, extraíam numerosas
virtudes dessa planta, conservando-lhe o poder e nunca sofrendo o problema da
toxidade. Com o passar do tempo, a sua popularidade aumentou, e o café saiu do
contexto sagrado e pouco a pouco tornou-se uma bebida secular. As pessoas se
acostumaram a tomar café cada vez mais frequentemente, sem propósito definido,
e gradualmente ele perdeu seu poder e magia.
Hoje, encontramo-nos no final dessa evolução. Milhões e milhões
de pessoas tomam café em nossos países. Quantas delas têm ideia de que sua bebida
habitual era, numa determinada época, uma força poderosa, capaz de mudar a
consciência humana? Não muitas. O pior, sempre segundo Andrew Weil, “é que o
uso inconsciente do café a toda hora, cria um hábito dificílimo de romper – às
vezes mais difícil do que os hábitos que se formam em torno de substâncias
consideradas ilegais, como a maconha”.
Dez coisas que você talvez não
saiba sobre o café
Planta mágica ou não, o café é a
bebida mais difundida no planeta, depois da água. Ele é consumido em praticamente
toda a parte. O país que mais consome café per capita é a Finlândia, e onde se
bebe menos café é em Porto Rico. A cada dia são consumidas no mundo cerca de
1,6 bilhões de taças de café. Um número impressionante.
1. Nos meses frios, o consumo aumenta. Com 12 quilos ao ano por indivíduo, a Finlândia é o país onde mais se consome café. Porto Rico é o lugar onde se bebe menos café, com um consumo de cerca 400 gramas anuais por pessoa. A média de consumo mundial é de 1,3 quilos ao ano por pessoa.
2. O café pode ser venenoso. A cafeína pode matar. Mas para isso é necessário beber entre 80 e 100 taças de café, num período de tempo de 4 horas.
3. Café não contem apenas cafeína. Existem pelo menos mil compostos químicos no café. Alguns deles são objeto de contínuas pesquisas por parte de especialistas, e poderiam ser usados no futuro para tratar e curar doenças cardíacas e insônia. Mas, segundo alguns estudos, o café também poderia conter, embora em dosagens mínimas, também cerca de vinte substâncias cancerígenas.
1. Nos meses frios, o consumo aumenta. Com 12 quilos ao ano por indivíduo, a Finlândia é o país onde mais se consome café. Porto Rico é o lugar onde se bebe menos café, com um consumo de cerca 400 gramas anuais por pessoa. A média de consumo mundial é de 1,3 quilos ao ano por pessoa.
2. O café pode ser venenoso. A cafeína pode matar. Mas para isso é necessário beber entre 80 e 100 taças de café, num período de tempo de 4 horas.
3. Café não contem apenas cafeína. Existem pelo menos mil compostos químicos no café. Alguns deles são objeto de contínuas pesquisas por parte de especialistas, e poderiam ser usados no futuro para tratar e curar doenças cardíacas e insônia. Mas, segundo alguns estudos, o café também poderia conter, embora em dosagens mínimas, também cerca de vinte substâncias cancerígenas.
4. Ajuda em alguns tipos de
câncer. Um estudo realizado em 2008 na
Universidade de Lund, na Suécia, demonstrou que beber café reduz o risco de
câncer de mama, pelo menos para as mulheres portadoras de uma variante
relativamente comum do gene CYP1A2, que ajuda a metabolizar estrógenos e café.
Em 2011 a Harvard School of Public Health falou de um estudo feito com 48 mil
homens que, bebendo seis ou mais taças de café por dia, reduziram de 60% o
risco de câncer de próstata.
A última notícia, na ordem do tempo,
assinala o poder do café como “antidepressivo”. Sempre segundo a Harvard School
of Public Health, as pessoas que tomam entre 2 e 4 xícaras de café por dia têm
uma possibilidade 50% menor de suicidar-se.
5. Origens do nome café. Ao redor do ano 1000, alguns comerciantes árabes trouxeram das suas viagens à África alguns grãos de café dos quais obtinham, por ebulição, uma bebida excitante que chamavam qahwa (excitante, em árabe). Esse termo deu origem à palavra turca kahvé, que por sua vez transformou-se na Itália em “café”. Mas alguns sustentam que o nome na realidade deriva de Caffá, região da Etiópia onde o café cresce espontaneamente.
5. Origens do nome café. Ao redor do ano 1000, alguns comerciantes árabes trouxeram das suas viagens à África alguns grãos de café dos quais obtinham, por ebulição, uma bebida excitante que chamavam qahwa (excitante, em árabe). Esse termo deu origem à palavra turca kahvé, que por sua vez transformou-se na Itália em “café”. Mas alguns sustentam que o nome na realidade deriva de Caffá, região da Etiópia onde o café cresce espontaneamente.
Graças aos mercadores venezianos e suas fortes conexões com a
Turquia, o café se difundiu na Europa ao redor do século 17, com o nome
provisório de “vinho da Arábia”.
Chamado pela Igreja de “bebida do diabo”, por causa das suas
propriedades excitantes, durante muitas décadas o café foi preparado “a la
turca”, dissolvido na água fervente e não coado. Foi apenas uma bebida de
taverna até o início do século 18, quando os bares onde ele era servido
tornaram-se ponto de encontro dos filósofos iluministas. Os próprios bares
passaram então a chamar-se “cafés”, denominação que conservam até os dias de
hoje na Europa, sobretudo na França e na Itália.
6. Nem todos o tomam...
bebendo. O Príncipe Charles da Inglaterra,
apaixonado estudioso de ecologia e praticante de terapias médicas alternativas,
é usuário de clisteres de café como terapia preventiva contra o câncer. O site
Amazon vende kits para que o usuário faça sozinho o seu clister de café.
7. Os artistas gostam de
café. O compositor Johann Sebastian Bach
gostava tanto de café que até dedicou uma inteira cantata à bebida, a famosa
Kaffeekantate, composta em Leipzig, entre 1732 e 1735. Veja vídeo, abaixo, com
gravação dessa bela cantata.
8. Os esportistas também gostam. Segundo estudo da Universidade de Queensland, publicado no Journal of Science and Medicine in Sport, os ciclistas que tomam uma xícara de café uma hora antes da corrida ganham em média 2% a mais em termos de velocidade.
9. Uma variedade quase sem cafeína. Existe uma única variedade de café naturalmente destituído de cafeína: a Coffea charrieriana, originária de Camarões. Todas as demais variedade precisam ser descafeinadas de maneira artificial. Mas é impossível eliminar por completo a cafeína. Segundo estudo da Universidade da Flórida, em cada xícara de café descafeinado existe o equivalente de um quinto a 1 décimo da cafeína contida numa xícara de café expresso normal.
10. Por que o café servido em alguns lugares é mais forte? Depende da mistura (blend) feita pelos produtores. As duas principais espécies de café, a robusta e a arábica não têm as mesmas características organoléticas. A robusta pode conter até o dobro da cafeína do arábica (que é mais apreciado, por ser menos “forte”). O sabor mais ou menos forte depende em parte também da torração.
8. Os esportistas também gostam. Segundo estudo da Universidade de Queensland, publicado no Journal of Science and Medicine in Sport, os ciclistas que tomam uma xícara de café uma hora antes da corrida ganham em média 2% a mais em termos de velocidade.
9. Uma variedade quase sem cafeína. Existe uma única variedade de café naturalmente destituído de cafeína: a Coffea charrieriana, originária de Camarões. Todas as demais variedade precisam ser descafeinadas de maneira artificial. Mas é impossível eliminar por completo a cafeína. Segundo estudo da Universidade da Flórida, em cada xícara de café descafeinado existe o equivalente de um quinto a 1 décimo da cafeína contida numa xícara de café expresso normal.
10. Por que o café servido em alguns lugares é mais forte? Depende da mistura (blend) feita pelos produtores. As duas principais espécies de café, a robusta e a arábica não têm as mesmas características organoléticas. A robusta pode conter até o dobro da cafeína do arábica (que é mais apreciado, por ser menos “forte”). O sabor mais ou menos forte depende em parte também da torração.
Vídeo: Cantata do Café
(Kaffeekantate, BWV 211), Johann Sebastian Bach. The Amsterdam Baroque Orchestra & Choir, regência de Ton
Koopman.
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