quinta-feira, maio 08, 2014

O que o Fuleco fez pelo tatu-bola?
Mascote da Copa de 2014 é espécie encontrada apenas no Brasil, mas até agora, não se beneficiou com o título

Estagiária Gabriela Troian sob a orientação de Valéria Forner
Formato da carapaça do tatu-bola facilita a caça predatória

Para chegar ao posto de mascote da Copa do Mundo de 2014, o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) enfrentou uma disputa com a onça-pintada, a arara-azul e o jacaré. Das 11 espécies de tatu que ocorrem no Brasil, é a única endêmica. A situação do tatu-bola, ameaçado de extinção, não melhorou desde setembro do ano passado, quando houve a eleição da mascote. As áreas onde a espécie ocorre continuam sendo desmatadas, comprometendo, assim, a sobrevivência do animal.
Espécie é a única endêmica de tatus no Brasil
Ao apresentar o tatu-bola como candidato a mascote aos membros da Federação Internacional de Futebol (Fifa), a Associação Caatinga, organização não governamental, fez uma lista de justificativas. Entre elas se destaca o fato de o tatu-bola ser espécie que existe apenas no Brasil, nas áreas de Caatinga e Cerrado, e estar ameaçada de extinção. Outra característica é o formato de bola que o animal assume, quando se sente ameaçado.
Desde a escolha da mascote, aumentou a visibilidade para o projeto “Tatu-bola: Marcando um gol pela sustentabilidade”. No entanto, não foram desenvolvidas medidas de preservação. Biólogo da Associação Caatinga, Rodrigo Castro afirma que ainda há muitas pessoas que não associam o Fuleco, nome dado à mascote, ao tatu-bola, e desconhecem o risco de a espécie desaparecer.
                                          Rodrigo Castro luta pela preservação na Caatinga
O personagem Fuleco é facilmente encontrado em comerciais, sites e até em álbuns de figurinhas. Mas e o tatu-bola de verdade? Diferentemente da mascote, refugia-se em áreas bem preservadas que ainda restam no País, como a RPPN Serra da Alma, entre as cidades de Crateus (CE) e Buriti dos Montes (PI). A presença do Tolypeutes tricinctos, vale dizer, sinaliza a boa saúde dos biomas.Tamanha importância motivou a Fifa a agregar a palavra “futebol” à “ecologia”. Por isso o nome Fuleco. Rodrigo Castro afirma que durante reuniões realizadas com o comitê organizador do evento esportivo e o Ministério do Meio Ambiente, não houve apelo maior para conscientizar as pessoas sobre a possibilidade de extinção. “O tatu-bola deu vida ao Fuleco, mas o que ele realmente fez pelo tatu-bola? O compromisso de preservação termina justamente no nome”, observa o biólogo.
Entre os dias 12 e 16 de maio será desenvolvida uma oficina de elaboração do Plano de Ação Nacional (PAN) de conservação do Tatu-bola, iniciativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Associação Caatinga. Com a participação de pesquisadores, o PAN tem a proposta de traçar metas para a preservação da espécie pelos próximos cinco anos. O sumário deve ser concluído até o final da Copa, em julho.

quinta-feira, abril 24, 2014


Na maior bacia hidrográfica do planeta, desafio é levar água aos ribeirinhos
16/04/2014 8:58
Viver na maior bacia hidrográfica do planeta não garante aos ribeirinhos da Amazônia o acesso à água. Fazer com que esse bem chegue às casas – especialmente no período de seca, quando aumenta a distância até o rio – requer força nos braços, para carregar as latas, ou dinheiro para bancar o diesel usado nos motores que bombeiam a água para as caixas comunitárias. Apesar da proximidade com os rios, muitos ribeirinhos têm a qualidade de vida prejudicada devido à dificuldade de levar, a seus lares, esse recurso natural tão necessário para os afazeres domésticos, para a saúde e para a higiene. Veja a galeria de fotos.

Dependendo do período, a distância até o rio pode ser de quase 1 quilômetro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Dependendo do período, a distância até o rio pode ser de quase 1 quilômetro, relatou à Agência Brasil a integrante do Grupo de Pesquisa das Populações Ribeirinhas do Instituto Mamirauá Dávila Correa. “E como a água é usada principalmente para tarefas domésticas, geralmente quem a carrega são as mulheres”, acrescentou a socióloga e pesquisadora.
A dificuldade em levar água até as casas faz com que muitos optem por se banhar nos rios da região. Mas isso pode implicar riscos, principalmente para as crianças. “Banho aqui é sempre no rio. Se for durante o dia, é de roupa. À noite, pelado”, disse Tânia Maria de Sales, 34 anos. “Meu medo são os bichos. Tem muitas cobras, jacarés e piranhas por aqui”, acrescentou a ribeirinha que já perdeu três sobrinhos por afogamento, na comunidade Nossa Senhora da Aparecida – localizada no Lago Catalão, a cerca de uma hora de barco de Manaus.
Quem opta pelos motores a diesel para bombear água até as caixas comunitárias arca também com os custos elevados. “O problema é que o diesel por aqui é muito caro. Chega a custar R$ 4 o litro”, disse o presidente da Comunidade São Francisco, Raimundo Ribeiro da Silva, 49 anos. “Esse preço dificulta as coisas. O gerador fica desligado porque temos de economizar combustível. Em média, são sete litros por dia para fazê-lo funcionar das 18h às 22h. A conta fica perto de R$ 1 mil por mês”, acrescentou.
Sobra então para as mulheres da comunidade que, a exemplo de Anicélia Barbosa Mendes, 21 anos, precisam de água para lavar a roupa e a louça da família. “A falta de água tratada é o que mais prejudica a comunidade. Aqui em casa temos de ferver a água do rio para poder bebê-la. Por isso gastamos muito dinheiro com botijão de gás, que custa R$ 50. A gente consome um por mês. Dinheiro que economizaríamos se tivéssemos tratamento de água.”
A comunidade de São Francisco espera ser beneficiada por um sistema de bombeamento de água por energia solar que já chegou a outras 15 comunidades da região. Os sistemas foram instalados pelo Instituto Mamirauá entre 2010 e 2013. “Desenvolvemos essa tecnologia depois de ver o quanto o acesso à água pode melhorar a qualidade de vida dos ribeirinhos”, explicou a pesquisadora Dávila Correa.

O primeiro protótipo dessa tecnologia foi apresentado em 2000. “O banho nos rios passou a ser feito com maior intimidade, dentro ou nas redondezas das casas. Isso, além de reduzir o número de acidentes, causou impacto significativamente positivo nas áreas sociais. Quando o sistema é implementado, as atividades domésticas feitas na beira do rio passam para a casa, diminuindo o estresse em toda a comunidade. Sobretudo em mulheres e crianças”, acrescentou.
Ribeirinhos buscam na pesca sustentável uma forma de evitar escassez do pescado no ano seguinte (Tomaz Silva/Agência Brasil)
O sistema desenvolvido pelo instituto venceu, em 2012, o Projeto Finep de Inovação na categoria Tecnologia Social. Como diminui o consumo de óleo diesel, o equipamento é ambientalmente indicado por evitar emissões de gases para a atmosfera. “Ele também apresenta resultados positivos para a saúde da população”, explicou Dávila.
Foi o que constatou a agente de Saúde Comunitária Ivone Brasil Carvalho, 28 anos, da comunidade Vila Alencar, uma das 15 beneficiadas pelo sistema. “O sistema ajudou muito. As mães sofriam porque na seca o rio fica bem longe. Agora, a gente tem água em terra todos os dias. Diminuiu também, tanto em adultos quanto em crianças, a incidência de doenças como gripe, tosse e diarreia porque a água chega pré-filtrada nas casas”, disse a agente de saúde.
A comunidade já fazia coleta de água de chuva, com calhas e tanques fornecidos pelo programa Pró-Chuva. “Mas, agora temos fartura de água, a ponto de alguns tanques virarem piscina para as crianças”, disse ela ao mostrar Wisle Santos Castro, de 15 anos, que brincava com uma cuia em uma caixa d’água. “As famílias nunca imaginavam poder, um dia, tomar banho em casa”, acrescentou a ribeirinha Ednelza Martins da Silva, 42 anos.
Outra comunidade beneficiada pelo sistema de bombeamento de água por energia solar foi Boca do Mamirauá, onde vive a guia comunitária Francilvânia Martins de Oliveira, 24 anos. “Melhorou muito nossa situação durante a seca. Antes, tínhamos de descer para lavar a roupa ou pegar água, correndo sempre o risco de esbarrar com bichos. Agora tem até máquina de lavar roupa aqui na comunidade.”
Em 2013, o Instituto Mamirauá fez um monitoramento da qualidade da água nas 15 comunidades beneficiadas pelo sistema. “Ainda falta concluir a última comunidade, mas a adoção do sistema certamente implica benefícios nas áreas de saúde”, disse Dávila Correa, referindo-se ao estudo que está analisando a água dos rios, das caixas d’água, das torneiras e dos recipientes que guardam a água nas comunidades atendidas.
O custo de instalação dos 15 sistemas chegou a R$ 400 mil, valor que inclui os gastos com assistência técnica. “Nós [do Instituto Mamirauá] temos o compromisso de instalar, a cada ano, dois sistemas nas comunidades”, informou a integrante do Grupo de Pesquisa das Populações Ribeirinhas.
Por 11 dias, no mês de fevereiro, a equipe de reportagem da Agência Brasil viajou pela Amazônia para conhecer o dia a dia dessas comunidades. A vida dos ribeirinhos também será destaque no programa Caminhos da Reportagem, que será exibido pela TV Brasil nesta quinta-feira (17), às 22h.

Dia Mundial da Água: Empresas dão lição quanto a reaproveitamento
22/03/2014 13:00
 Daniela Nogueira Repórter

Neste sábado (22), dia em que se comemora o Dia Mundial da Água, retoma-se com mais força as discussões sobre o medo da escassez e as maneiras como esse recurso pode ser melhor aproveitado. Um exemplo de uso consciente é dado pelo Uberlândia Shopping, onde 30% do abastecimento é proveniente da captação da água da chuva. Só em 2013, foram 36 milhões de litros consumidos por meio do sistema pluvial, o que gerou à empresa uma economia de R$ 150 mil reais no ano. “A redução do consumo, a conscientização dos nossos consumidores e a economia de custos e de recursos fazem parte das premissas básicas do nosso sistema de gestão ambiental. É importante a preservação dos recursos e ser um empreendimento sustentável”, afirmou o superintendente do Uberlândia Shopping, Guilherme Marini.

Marini mostra sistema que processa a água pluvial em shopping (Foto: Cleiton Borges)
No sistema do shopping, a água da chuva é captada no telhado, canalizada para a filtragem, armazenada e depois é reutilizada nos vasos sanitários e na irrigação. Além disso, para diminuir a quantidade de água utilizada, o shopping faz o monitoramento do consumo. Nas torneiras, existem arejadores que controlam a vazão do líquido e as descargas também têm controlador da quantidade de água usada.
Outro exemplo é dado pelo centro de oftalmologia HCO. Desde que a nova sede foi construída, há seis anos, o centro utiliza a água corrente da mina que existe no terreno para irrigação e lavagem da área externa do prédio. Uma bomba drena a água e leva para um reservatório. “Quando vimos que a água jorrava aqui, tivemos a preocupação de preservar essa fonte e aproveitar essa água de maneira consciente. Nem pensamos na parte financeira, fizemos com o propósito de ajudar o meio ambiente mesmo”, disse o fundador e presidente do HCO, José Marcos Gonçalves.
José Marcos Gonçalves mostra reservatório da mina do HCO (Foto: Cleiton Borges)
Dmae não descarta possibilidade de racionamento de água em Uberlândia
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) não descarta a possibilidade de racionamento de água em Uberlândia. “Nós estamos em situação de alerta e preocupante. Se não chover, corremos risco de racionamento. Mas eu sou otimista que isso não vai ocorrer, desde que a população nos ajude. Nós desperdiçamos muita água: 30% do que é tratado. É por ligações clandestinas, problemas em hidrômetro e por desperdício mesmo, então todos têm de ajudar e poupar água”, afirmou o diretor do Dmae, Orlando Resende.

De acordo com ele, os reservatórios estão equilibrados, mas não há excesso de água. A cidade está consumindo todos os 200 mil m³ por dia. “São 180 l por pessoa diariamente. É um consumo alto, se comparado com países desenvolvidos. E isso pode diminuir, fechando a torneira enquanto escova os dentes, fechando o registro na hora do banho, diminuindo a lavagem de passeio e de carros. Sabendo usar, não vai faltar.”
Ribeiro diz que Uberlândia precisa de 250 mm de chuva até maio (Foto: Ribeiro)
Consultor ambiental faz alerta
Se não chover entre 200 e 250 mm até maio na bacia do Uberabinha, Uberlândia terá racionamento de água, segundo o consultor ambiental e presidente do Comitê da Bacia Hidráulica Araguari, Antônio Giacomini Ribeiro. “Mas se chover tudo em um dia, teremos problema também, porque essa água não vai ficar retida e nós não temos reservatório para segurar essa água”, disse Giacomini.
Para ele, a questão essencial para não faltar água é o consumo consciente. “Neste ano, tivemos um volume de chuva atípico. Tivemos déficit de 900 mm, enquanto esperávamos 1,2 mil mm. A fonte primária nossa é a chuva, mas nós não temos controle sobre ela. Nós temos controle é sobre o gasto de água.”

Documentário “Expedição Rio Uberabinha” relembra histórias
05/07/2012 7:08
Bastidores do documentário “Memórias do Uberabinha”
A cada um dos cerca de 158 km de extensão percorridos, histórias de quem tem uma relação íntima com o principal manancial responsável pelo abastecimento de água de Uberlândia. Relatos dessas pessoas serviram de matéria-prima para o projeto “Expedição Rio Uberabinha”, idealizado pelo publicitário Celso Machado. Uma série de 13 programas se transformou em um documentário de 36 minutos que será exibido no sábado (7), às margens do “protagonista”.
A exibição do filme, as oficinas de audiovisual em Uberlândia, Martinésia e Cruzeiro dos Peixoto e a distribuição de 100 boxes com DVDS da série fecham quase um ano e meio de trabalho. Os 15 dias de filmagens iniciadas em janeiro, com 195 minutos de material editado e cerca de 20 entrevistados, foram exibidos pela TV Paranaíba entre março e junho.
Segundo a pesquisadora, produtora e roteirista da “Expedição Rio Uberabinha”, Betânia Bortolozo, este é o primeiro registro audiovisual que investiga o manancial por diferentes ângulos. “Foi um trabalho demorado e inédito. É um rio importante para Uberlândia, Tupaciguara e Uberaba e, mesmo assim, não tinha nenhum registro que trouxesse esse conhecimento às pessoas”, disse Betânia Bortolozo.
O rio Uberabinha nasce em Uberaba atravessa Uberlândia e deságua no rio Araguari, na divisa de Tupaciguara e Araguari. O projeto “Expedição Rio Uberabinha” foi realizado pela Close Comunicação, com apoio da Algar Telecom e aprovação da Lei Estadual de Inventivo à Cultura.
A pesquisadora Betânia Bortolozo se impressionou com o descuido com o Uberabinha. “Se não existisse este rio, não existiria Uberlândia”, disse a pesquisadora. De acordo com ela, em estudos feitos por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em 2008 foram diagnosticados problemas causados pela pecuária, agricultura, empresas e minerações, mas que ainda há tempo de intervir. “Fiquei decepcionada como os poderes privado e público. A responsabilidade é do cidadão que precisa acompanhar a política, como acompanha o futebol”, disse Betânia Bortolozo.
Serviço
A exibição do documentário “Expedição Rio Uberabinha” é no sábado (7), às 18h, no posto 2 do Parque Linear, na rua do Cedro, bairro Jaraguá, às margens do rio Uberabinha. Entrada franca.

A oficina de audiovisual será realizada no mesmo dia das 13h às 17h na Oficina Cultural: praça Clarimundo Carneiro, 204, Fundinho. Inscrições gratuitas no local, pelo telefone 3236-8133 ou no site Expedição Rio Uberabinha .


terça-feira, abril 22, 2014


         Triângulo terá nova Unidade de Conservação
Refúgio de Vida Silvestre da Bacia do Rio Tijuco é um dos mais importantes corredores ecológicos da região
Foram assinados neste domingo (20), no evento que marcou a abertura da Semana das Águas em São Lourenço, no Sul de Minas, decretos para criação de três novas Unidades de Conservação estaduais. As novas áreas irão garantir a preservação de importantes refúgios da fauna e flora, além de mananciais e nascentes.
Uma das áreas está na região do Triângulo Mineiro. São cerca de 8,7 mil hectares no Refúgio de Vida Silvestre da Bacia do Rio Tijuco, um dos mais importantes corredores ecológicos da região. A unidade de conservação protegerá grande parte do rio Tijuco, que é o último curso de água consideravelmente íntegro e propício à reprodução de peixes pertencentes à ictiofauna da Bacia Hidrografia do Paranaíba.
De acordo com dados representados no Zoneamento Ecológico e Econômico de Minas Gerais, os rios Tijuco e da Prata são apresentados como áreas com altíssima prioridade de conservação.
Parque Estadual de Paracatu
A criação do Parque Estadual de Paracatu é uma das condicionantes estabelecidas pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) no licenciamento ambiental do projeto de expansão da Mina Morro do Ouro da empresa Rio Paracatu Mineração S/A. A área do Parque Estadual é de 6.539 hectares. Sendo criado, o Parque Estadual de Paracatu incluirá a Área de Proteção Especial (APE) Santa Isabel e Espalha que atualmente protege os recursos hídricos na região.
O cerrado é a principal formação vegetal da área representado por seus vários tipos, desde campos até cerradões. Estudos realizados indicaram a presença de mais de 40 famílias de aves, dentre elas algumas ameaçadas de extinção em Minas Gerais, como a ema e a arara-canindé. Também foram observados no local, mamíferos como gambá-orelha-branca, mão-pelada, anta, capivara, lobo-guará e tamanduá-mirim.
Mata do Limoeiro
A área do Parque Estadual da Mata do Limoeiro é de 2.097,70 hectares e está situada no distrito de Ipoema, no município de Itabira, região Central do Estado. A área está localizada na Cordilheira do Espinhaço, a cerca de sete quilômetros do Parque Nacional da Serra do Cipó.
Na região podem ser observados fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado. Já foram identificadas, na área, pelo menos três espécies ameaçadas de extinção: o jacarandá-caviúna, a braúna-preta e o samambaiuçu. Entre as espécies da fauna, já foram observadas espécies raras como o rato do mato, típico do Cerrado, e o gambá-de-orelha-branca, endêmico da Mata Atlântica.




quarta-feira, janeiro 22, 2014

Menor tatu do mundo é rosado, peludo e   argentino
22/01/2014 - 13h56

                                              Rosado e peludo: o menor tatu do mundo

DA BBC BRASIL
Ele é pequeno, peludo, e rosado. Não é um grande animal, nem o protagonista de um conto de fadas, mas poderia ser.
O pichiciego-menor (Chlamyphorus truncatus), mede pouco mais de 10 cm, passa a maior parte de sua vida escavando embaixo da terra, e uma carapaça rosada cobre o seu suave pelo branco.
É o menor tatu do mundo, se alimenta de invertebrados e plantas, é e visto raramente na superfície. Encontrado nas planícies da Argentina, o pichiciego-menor é muito suscetível ao estresse e não tolera bem encontros com humanos.
"É um animal muito delicado, que em cativeiro vive no máximo oito dias, e morre", disse à BBC Mundo Mariella Superina, especialista na preservação de tatus.
Por sua raridade, esses animais se tornaram "uma obsessão" para Superina.
"Apesar do nome 'pichiciego', esses animais não são realmente cegos. Conseguem distinguir claridade de escuridão. "Pichi' significa menino na língua mapuche (um povo indígena da região centro-sul do Chile e do sudoeste da Argentina), e eu suspeito que 'ciego' foi agregado ao nome para distingui-lo do piche (Zaedyus pichiy), uma espécie de tatu que pesa cerca de 1 kg e vive na mesma região", disse a especialista.
Tatu peludo
                                  NATUREZA DELICADA
Superina é pesquisadora do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), na província de Mendoza, Argentina, a região do pichiciego.
Por sua raridade, toda vez que as autoridades encontram um pichiciego perdido, eles o ajudam.
"Eles começaram a me avisar e a me trazer pichiciegos, primeiro um morto, depois um vivo para ver se eu conseguia reintegrá-lo a seu habitat natural, e assim eu comecei a conhecê-los", disse Superina à BBC Mundo.
"O que acontece é que às vezes as pessoas o encontram, por exemplo, em uma estrada e, ou o levam pra casa como animal de estimação, ou o entregam às autoridades e perguntam o que é", disse a especialista.
Mas a melhor coisa a se fazer, segundo a especialista, é deixar o pichiciego seguir o seu caminho, levando em consideração sua natureza delicada.
Superina lamenta nunca ter visto um em seu habitat natural, e teme que eles estejam à beira da extinção.
"Eu realmente não sei quantos existem. Sou presidente do grupo de especialistas em tatus, preguiças e tamanduás da União Internacional para a Conservação da Natureza, e não temos

dados suficientes para dizer se os pichiciegos estão ameaçados ou não, simplesmente porque não há nenhum estudo prático", diz Superina.
REFINADO
O que o torna tão especial? Superina explica que, entre as 21 espécies de tatus, que já são muito diferentes de outros mamíferos, o pichiciego é o único que perdeu a parte lateral da carapaça.
"Sob a carapaça estão pelos de seda que cobrem seu corpo e ajudam o pichiciego a manter sua temperatura corporal."
"A ponta da cauda tem uma forma de diamante, que também é muito raro, e é usada como uma quinta pata de apoio," acrescenta a especialista.

Eles também têm uma placa vertical na parte de trás que os cientistas não sabiam o que era. Até que a pesquisadora foi capaz de colocar uma câmera infravermelha em um dos pichiciegos resgatados e filmá-lo.
"Ele só saiu à noite, mas às vezes eu podia ver como ele cavava. Ele escavava e depois se virava e batia a terra atrás dele com esta placa vertical, um comportamento muito especial que os outros tatus não têm".

Mas isso não é tudo: este tatu observado por Superina também se mostrou extremamente "exigente".
"A verdade é que eu fiquei louca, porque era extremamente difícil encontrar algo para ele comer, passei dias capturando besouros, à procura de vermes, procurando frutas naturais, para ver se conseguia incentivá-lo a comer algo natural, e nada, acho que tentei 34 ingredientes diferentes e ele se recusou a comer", disse a pesquisadora.
"Então, eu tentei uma mistura de diferentes ingredientes, que foi o que ele comeu." Mas, segundo Superina, qualquer alteração na mistura causou a rejeição imediata do pichiciego refinado.
"E o mais engraçado é que eu fiz a mesma mistura para o segundo pichiciego que me entregaram para reabilitar, e ele a rejeitou. Eles devem ter fortes preferências individuais, e por isso não podemos replicar estas experiências, e reabilitar cada pichiciego é um desafio muito grande", explicou a especialista.
"Eles são tão diferentes, e é tão difícil encontrá-los, que esses animais são realmente fascinantes para mim, é uma espécie que eu gostaria de estudar e saber muito mais para protegê-lo, mas o problema é onde encontrá-los", concluiu a pessoa que, provavelmente, sabe mais do que qualquer um sobre esses animais.

terça-feira, janeiro 14, 2014

Roteiro do CORREIO lista oito Cachoeiras em Uberlândia e região; veja
Isabel Gonçalves Programa de Aprimoramento Profissional
O calor típico do verão é um convite para visitas a cachoeiras. O cerrado mineiro possui diversas opções para quem gosta de se refrescar em contato com a natureza. O CORREIO de Uberlândia selecionou algumas cachoeiras da cidade e da região como opções para quem quer conhecer a diversidade natural do local.
Os acessos às cachoeiras são divididos em três níveis, sendo 1 as de fácil acesso, 2, intermediário e 3 de difícil. As cachoeiras selecionadas são de nível 1, tendo mais de uma trilha aberta, com pouca inclinação, formando escadas naturais.
Uberlândia

Cachoeira do Sucupira
                                                 Cachoeira de Sucupira (Foto: Divulgação)
•Altura: 15 metros
•Nível: 1
•Local: Uberlândia
•Distancia: 17 km do centro de Uberlândia
•A cachoeira do Sucupira fica no rio Uberabinha, entre as rodovias BR 050 e BR 452, acesso pela BR 365.
Cachoeira dos Namorados
Cachoeira dos Namorados (Foto: Marcos P. P. Oliveira/Divulgação)

•Altura: 21 metros
•Nível: 1
•Local: Uberlândia
•Distancia: 18 km do centro de Uberlândia
•A Cachoeira Recanto dos Namorados fica a 600 metros da Cachoeira de Sucupira, descendo no sentido da correnteza, no Ribeirão Estiva.
Cachoeira Bom Jardim

                                                   Cachoeira Bom Jardim (Foto: Divulgação)

•Altura: 11 metros
•Nível: 1
•Local: Uberlândia
•Distancia: A cachoeira do Ribeirão Bom Jardim tem um paredão de rocha basáltica com aproximadamente 11m de altura por 70 de comprimento. O acesso à cachoeira se faz pelo Anel Viário Sul, sentido BR-050. Seguindo por esta rodovia, à direita da pista, uma placa do Dmae conduz a uma estrada de terra que corta o Anel Viário. Mais adiante, outra placa do Dmae conduz, novamente, à direita, para uma estrada que dá acesso à cachoeira Bom Jardim.
Nova Ponte
Cachoeira Rio Claro

                                     Cachoeira do Rio Claro (Foto: Trilhas Interpretativas/Divulgação)
•Altura: 43 metros
•Nível: 1
•Local: Nova Ponte
•Distancia: 60 km do centro de Uberlândia. •O Rio Claro cruza a BR 452 entre as cidades de Uberlândia e Araxá. A cachoeira tem a maior vazão de água do Triângulo Mineiro e também é conhecida como Cachoeira da Fumaça.
Indianópolis
Cachoeira do Mirandinha
                                 Cachoeira do Mirandinha (Foto: Trilhas Interpretativas; Divulgação)

•Altura: 25 metros
•Nível: 1
•Local: Indianópolis
•Distancia: 30 km do centro de Uberlândia. •Saindo de Uberlândia pela BR-365, siga sentido Patrocínio. Após a travessia do Rio Araguari, você chegará ao trevo de acesso para a Usina Hidrelétrica de Miranda. No trevo haverá uma estrada de terra do lado oposto ao acesso à usina. Siga por essa estrada por 2 Km.
Cachoeira do Britador
                                                     Cachoeira do Britador (Foto: Divulgação)
•Altura: 30 metros
•Nível: 1
•Local: Indianópolis
•Distancia: 55 km do centro de Uberlândia. •Saindo de Uberlândia pela BR-365 siga sentido Patrocínio. A cachoeira do Britador é formada pelas águas do Córrego Lajeado, que cruza a BR-365 entre o trevo de Indianópolis e o trevo de Romaria. Após a ponte sobre este córrego, pegue a primeira estrada de terra à direita (para quem segue de Uberlândia a Patrocínio). A cachoeira recebe esse nome por estar próxima a um britador.
Araguari
Cachoeira das Irmãs
                                           Cachoeira das Irmãs (Foto: Panorâmico/Divulgação)


•Altura: 42 metros
•Nível: 1
•Local: Araguari
•Distancia: 36 km de distância do centro de Uberlândia
•Cachoeira formada pelas águas do Ribeirão Bom Jardim, que, ao se encontrar com o Ribeirão do Pissarrão, recebe o nome Rio Jordão. O acesso é a partir da estrada da Usina Hidrelétrica do Pissarrão. Após a ponte sobre o Ribeirão do Pissarrão, chega-se ao Convento das Freiras. A cachoeira fica próxima à ponte, nos fundos da chácara onde está o convento.
Primeira cachoeira – Salto Brasil
                          Cachoeira Salto Brasil – primeira queda (Foto: Trilhas Interpretativas/Divulgação)


•Altura: 5 metros
•Nível: 1
•Local: Araguari
•Distancia: 50 km do centro de Uberlândia
•O complexo Salto Brasil possui um formato de “U”, sendo formado por cerca de 14 quedas. A cachoeira citada é a primeira desse conjunto.






quinta-feira, novembro 28, 2013


Algar Telecom inicia plantio de 6,7 mil mudas nativas em Uberlândia
Leonardo Leal Repórter

A Algar Telecom, como agora é chamada a CTBC, iniciou neste domingo (24), em Uberlândia, com a presença de 50 pessoas, o plantio de 6,7 mil mudas de árvores nativas do cerrado, sendo 1,7 mil mudas destinadas ao bairro Mansões Aeroporto, zona leste da cidade, e 5 mil para o distrito de Tapuirama. Neste domingo começaram a ser plantadas 500 mudas no Mansões Aeroporto. O plantio das outras 1,2 mil deve acontecer até o fim deste ano. A iniciativa é da Associação dos Proprietários daquele bairro com doação das mudas pela Algar Telecom e parceria da Prefeitura.
Mais de 500 mudas foram plantadas neste domingo (Foto: Cleiton Borges)
De acordo com a assessora de comunicação, marca e sustentabilidade da Algar Telecom, Cristiana Heluy, o apoio à iniciativa dos moradores do Mansões Aeroporto e a ação no distrito de Tapuirama tem por objetivo reduzir o impacto ambiental decorrente da emissão de gases do efeito estufa e firmar a responsabilidade com o meio ambiente. “Toda operação de alguma forma traz um impacto ambiental e uma das formas de reduzirmos este impacto é apoiar e desenvolver ações de plantio”, afirmou Cristiana Heluy.
A presidente da Associação de Proprietários do Loteamento Mansões Aeroporto (Aspma), Àurea Lisboa, disse que o local na alameda Brasil, onde as mudas foram plantadas, era uma área institucional que acumulava entulhos e que agora deve ser transformada em bosque. Ela lembrou que mais cinco áreas institucionais no bairro receberão as mudas. Áurea Lisboa ainda disse que foram fundamentais para a ação o envolvimento dos moradores e o apoio da Algar Telecom e Leroy Merlin, que fizeram a proteção das mudas, e da Universidade de Uberaba (Uniube), que ajudou no plantio.
No próximo sábado (30), 500 mudas serão plantadas no distrito de Tapuirama, a 49 km da cidade, e as outras 4,5 mil, até o fim do ano.

Empresa foi classificada, neste ano, pelo Guia Exame de Sustentabilidade
Ações de plantio de árvores estão sendo feitas em todas as regionais de atuação da Algar Telecom, segundo assessora de comunicação, marca e sustentabilidade da Algar Telecom, Cristiana Heluy. “São mais de 20 cidades em que promovemos estas ações de plantio que ajudam a manter os nossos associados conscientes da preservação ambiental e firmam o nosso compromisso com o meio ambiente.”
Cristiana Heluy lembrou da classificação da Algar Telecom, neste ano, pelo “Guia Exame de Sustentabilidade” como a empresa mais sustentável do setor telecomunicações no Brasil. O grande destaque da empresa foi por meio do programa Boi na Linha que, desde 2011, recicla a cobertura dos telefones públicos em produtos para a agropecuária, como recipientes de água e ração para o gado. “São pequenas ações que fazem a diferença e que, somadas, levam ao reconhecimento da empresa”, afirmou Cristiana Heluy.

PLANTIO
- 1,7 mil mudas de árvore em áreas institucionais das Mansões Aeroporto
- 5 mil mudas de árvore em diversos locais do distrito de Tapuirama

- Espécies plantadas: ipês, angico, aroeira, baru, ingá, calisteno, manacá-de-cheiro, resedá, pitanga, quaresmeira, sansão-do-campo e copaíba.