quarta-feira, maio 10, 2017

Atlas das caatingas mostra problemas em áreas de proteção ambiental.

                                       Parque Nacional do Catimbau, no Estado Pernambuco.
Ocupação irregular de terras, desmatamento, falta de estrutura e de demarcação foram alguns dos problemas encontrados, em três anos de pesquisa da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em 14 unidades de Conservação federais de proteção integral, localizadas no bioma caatinga brasileira. O Atlas das caatingas reúne em detalhes informações fundiárias e da flora de cada uma das áreas estudadas, e virou também documentário, pré-lançado nesta terça-feria (9), no Recife.
Um dos biomas brasileiros menos estudados no país, a caatinga se estende por dez estados e compreende 10% do território nacional, com 844 mil km². É o único bioma encontrado exclusivamente no Brasil e é lembrado geralmente pelo visual na época de seca, quando as árvores perdem as folhas e a mata se torna cinzenta e quebradiça. A pesquisa mapeou cerca de 1% desse território.
Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o estudo foi feito entre dezembro de 2013 e dezembro de 2016. Os pesquisadores percorreram mais de 22 mil quilômetros nas 14 unidades de conservação, todas geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Nelas, não é permitida qualquer atividade econômica ou mesmo o uso sustentável, exceto o turismo e a pesquisa científica.
Para montar o diagnóstico foram entrevistados todos os chefes das unidades de conservação, além de funcionários do ICMBio, moradores da região, professores que desenvolvem estudos nesses locais, entre outros. Segundo Neison Freire, pesquisador titular da Fundaj que coordenou a pesquisa, cada unidade tem problemas específicos, mas a falta de recursos humanos e financeiros é uma constante e acaba agravando as dificuldades locais.
Ele cita desde a falta de combustível para veículos de fiscalização até a indisponibilidade dos próprios carros e da falta de dinheiro para consertar uma bomba d'água, impedindo que um espaço disponível para receber alunos e professores de escolas públicas seja utilizado. "Todas têm problemas de gestão, que não é local. O problema está em nível federal, na pouca atenção dada a esse bioma, o único exclusivamente brasileiro", afirma.
A sociedade também contribui para ameaçar esses espaços protegidos. Como as unidades de conservação pesquisadas não podem ter atividade econômica, as populações que ainda residiam ou tinham alguma atividade na área, quando elas foram criadas, deveriam ser indenizadas e remanejadas. Além de comunidades de povos tradicionais, como indígenas e quilombolas, resistirem à mudança fazendeiros –incluindo pequenos proprietários– permanecem nos locais proibidos. "Alguns foram indenizados e não querem sair e outros estão especulando para ter maior valorização da terra para se retirar, o que gera muitos problemas para a gestão e fiscalização das unidades", informa Freire.
CATIMBAU E CHAPADA DIAMANTINA
O maior problema das unidades, segundo o pesquisador, está em Pernambuco, no Parque Nacional do Catimbau. Ele não tem nem mesmo um escritório do ICMBio, e a sua demarcação nunca foi feita. Além disso, há conflitos fundiários, corte de madeira e atividade econômica dentro da área. Outra unidade onde foram encontrados problemas é um dos cartões postais brasileiros: o Parque Nacional da Chapada Diamantina.
"Temos, de um lado, o agronegócio, que usa muitos fertilizantes, que vão contaminar rios e corpos d'água, e, do outro lado, uma especulação imobiliária muito forte. Em Lençóis já começam a surgir favelas. Fora uma fragmentação das áreas para a construção de pousadas, um negócio que não é feito pela comunidade local, mas por empresários da parte Sul do país".
Apesar das questões negativas, os pesquisadores também citaram "efeitos não esperados" nas expedições, como a influência do Bolsa Família na recuperação da fauna do Vale do Catimbau. É que, de acordo com o pesquisador da Fundaj, a comunidade do entorno costumava caçar as aves nativas para complementar a alimentação. Com o recurso federal, houve a redução da caça. "Outro aspecto no Vale do Catimbau são as espécies introduzidas, como a aroeira. Elas têm alto poder de fogo, lenha, então as populações passaram a cortar essa espécie, em vez de espécies endêmicas, próprias da caatinga, permitindo que essa vegetação se recuperasse".
MAIS RECURSOS E DEMARCAÇÃO DE TERRAS
O Atlas das Caatingas inclui recomendações para uma proteção efetiva às áreas estudadas. Entre as propostas estão a abertura de concurso público e mais recursos financeiros, conforme explicou Neison Freire. Além disso, há indicações específicas voltadas a cada problema encontrado nas unidades. "[É preciso fazer a] demarcação das áreas de forma urgente, a regularização fundiária para que 100% fiquem em posse da União. Mapeamentos sistemáticos com o uso de drones, torres de observação, contratação de brigadistas, principalmente no período seco para combater incêndios", diz.
O analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente, João Seyffarth, esteve presente no pré-lançamento do filme. Atuante no combate à desertificação, problema ambiental encontrado na caatinga com alto grau de degradação, Seyffarth diz que os recursos arrecadados com a visitação das áreas protegidas podem ser usados para melhorar a gestão. "A gente sabe que as unidades de conservação brasileiras geram muitos recursos, mas, em geral, eles vão para o Tesouro Nacional. É preciso encontrar uma maneira para que os recursos gerados sejam usados na gestão das unidades", afirma.
OUTRO LADO
Em nota, o ICMBio diz que ainda não teve conhecimento da pesquisa de modo oficial, portanto não seria possível responder aos questionamentos em detalhe. "No geral, o instituto tem se esforçado para dotar as unidades de conservação federais da caatinga de todos os instrumentos de gestão, como planos de manejo, conselhos gestores e estrutura para abrigar servidores e pesquisadores e receber visitantes".
Entre as ações, o órgão cita as fiscalizações para coibir crimes ambientais, ações de educação ambiental para orientar comunidades locais e um "esforço no sentido de regularizar a situação fundiária". Sobre a realização de concurso público para reforçar o número de funcionários das unidades pesquisadas, o ICMBio respondeu que não há previsão.
FILME E PESQUISA NA INTERNET
A pesquisa completa está disponível no site da Fundaj, junto com imagens e mapas produzidos ao longo dos três anos de trabalho. O documentário, com uma hora de duração e feito com imagens amadoras captadas pela própria equipe de cientistas, deve ser disponibilizado na página nos próximo 30 dias, segundo Neison. Ele também será exibido em comunidades e locais pesquisados. As cidades já agendadas são Campina Grande (PB) e Petrolina (PE). 

quarta-feira, abril 05, 2017

Desmatamento leva raposas a iniciar perigoso 'namoro'
REINALDO JOSÉ LOPES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
05/04/2017  02h00
Duas espécies de raposas do Brasil, separadas há muitos milhares de anos pela mata atlântica, estão cruzando entre si e produzindo filhotes híbridos, talvez porque a derrubada da maior parte da floresta tenha eliminado a principal barreira que existia entre elas.
As protagonistas desse estranho namoro são a raposinha-do-campo (Lycalopex vetulus), típica do cerrado, e o graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus), natural dos pampas gaúchos.
                                      Raposinha-do-campo (Lycalopex vetulus), típica do cerrado
                      Graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus), natural dos pampas gaúchos
Segundo pesquisadores da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), é no território do Estado de São Paulo que as duas espécies estão se misturando, e a situação inspira cuidados: dependendo de como o processo continuar, boa parte da riqueza genética original dos bichos pode acabar se perdendo.
Um dos autores da pesquisa, o doutorando maranhense Fabricio Silva Garcez, conta que a primeira pista de que havia algo estranho acontecendo veio de um trabalho anterior (da mestranda Marina Favarini, na PUC-RS), no qual dois bichos que tinham sido classificados morfologicamente (ou seja, com base na aparência física) como L. vetulus acabaram apresentando material genético de L. gymnocercus.
PAPAI E MAMÃE
Para ser mais exato, os misteriosos animais tinham mtDNA (DNA mitocondrial) da espécie sulina. Ocorre que o mtDNA, presente apenas nas mitocôndrias, as usinas de energia das células, quase sempre é transmitido das mães para seus filhos ou filhas –em geral, nenhum animal herda o mtDNA do pai.
O dado, portanto, parecia indicar que ao menos uma fêmea de graxaim havia tido filhotes com um macho de raposinha-do-campo.
Durante seu mestrado, orientado por Eduardo Eizirik (da PUC-RS) e Ligia Tchaicka (da Universidade Estadual do Maranhão), Garcez analisou amostras de DNA de dezenas de indivíduos de ambas as espécies, colhidas numa área ampla, que vai do Maranhão ao Rio Grande do Sul. (As análises genéticas foram feitas a partir do sangue colhido de bichos capturados e de amostras da carcaça de raposas atropeladas Brasil afora, coisa que infelizmente é comum).
Além do mtDNA, a equipe estudou ainda trechos do DNA do núcleo das células, conhecidos como microssatélites (que parecem uma "gagueira" de letras químicas de DNA, com pequenos trechos que se repetem várias vezes).
Tais análises confirmaram a suspeita inicial: seis bichos paulistas tinham toda a pinta de ser híbridos, inclusive de segunda geração (ou seja, netos do cruzamento original entre as duas espécies). Cinco deles tinham, de novo, mtDNA de graxaim, enquanto o sexto indivíduo apresentou sinais de hibridização apenas no DNA do núcleo das células.
Ou seja, por enquanto parece que o cruzamento de machos de raposinha-do-campo com fêmeas de graxaim é mesmo mais comum, embora não seja a única possibilidade.
"Isso é curioso porque, em outras zonas híbridas de canídeos [o grupo dos cães, lobos e raposas], normalmente o macho é o da espécie de maior porte, mas no nosso caso o L. gymnocercus é maior", diz Garcez. Ainda é cedo para dizer com exatidão o que tem levado essas fêmeas a se deslocar rumo a São Paulo e por que o mesmo não estaria acontecendo com os machos da espécie sulina.
Agora no doutorado, Garcez está ampliando as análises para tentar entender em detalhes o que está acontecendo no contato entre as duas espécies, as quais formam a primeira zona híbrida de canídeos confirmada na América do Sul (na América do Norte, há o exemplo muito estudado da zona híbrida entre lobos e coiotes).
Os dados de DNA também podem confirmar a hipótese de que a hibridização é culpa da ação humana –se ela for um evento recente, cresce a possibilidade de um elo com a derrubada da mata atlântica. Afinal, as duas espécies são típicas de ambientes abertos, sem floresta densa. "Quando você remove essa barreira, com o aparecimento de pastagens e plantações no lugar da mata, a tendência é que elas acabem entrando em contato", diz Garcez.
O gênero Lycalopex, ao qual ambas as raposas pertencem, diversificou-se há relativamente pouco tempo em termos evolutivos (a partir de cerca de 1 milhão de anos atrás). Mesmo assim, apesar de serem fisicamente parecidas e de conseguirem cruzar entre si, as espécies possuem hábitos consideravelmente diferentes. A raposinha-do-campo normalmente se alimenta de cupins e frutas do cerrado, enquanto o graxaim, como bom gaúcho, inclui uma proporção maior de carne em sua dieta.
"Se todos se tornarem híbridos, vai ser algo muito ruim porque, na prática, duas espécies vão acabar desaparecendo por causa da intervenção humana", diz Garcez.
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CASAMENTO INESPERADO
Entenda a mistura entre as duas espécies de raposas
1 - As áreas de vegetação aberta do Brasil abrigam duas espécies de raposas, a Lycalopex vetulus (raposinha- do-cerrado) e a L. gymnocercus (graxaim-do-campo). A segunda espécie costuma ser de maior porte
2 - As duas espécies originalmente estavam separadas pelas áreas de floresta fechada da mata atlântica...
.... mas é possível que o desmatamento tenha permitido que os bichos, antes separados, passassem a se encontrar
3 - Pesquisadores estão achando, graças a testes de DNA, animais híbridos das duas espécies. No Estado de São Paulo, nenhum animal estudado mostrou ser "puro" -praticamente todos parecem ser filhos ou netos do cruzamento dos dois animais
E DAÍ?
Se essa tendência continuar, há o risco de que boa parte da riqueza genética dessas espécies se perca, formando-se uma única grande população híbrida amalgamada 

quarta-feira, março 08, 2017

Proteção da biodiversidade é uma questão de direitos humanos, aponta relator da ONU
O mundo caminha rumo à sexta onda de extinção global de espécies, ameaçadas cada vez mais pela destruição de habitats naturais - Imagem: wildlifeday.org

08/03/2017 - Fonte: ONU
“Estamos indo em direção à sexta onda global de extinção de espécies na história do planeta”, mas países continuam fracassando em impedir o fim da biodiversidade, alertou nesta semana (1) o especialista da ONU em direitos humanos e meio ambiente, John Knox. Segundo relator, principais ameaças à fauna e à flora terrestres são a destruição dos habitats, a caça ilegal e as mudanças climáticas.
“As pessoas não podem gozar de seus direitos humanos sem os serviços que ecossistemas saudáveis fornecem. E proteger a biodiversidade é necessário para garantir que os ecossistemas permaneçam saudáveis e resilientes”, disse Knox em comunicado emitido às vésperas do Dia Mundial da Vida Selvagem, lembrado em 3 de março, e logo após a publicação do primeiro relatório da ONU sobre biodiversidade e direitos humanos.
A análise aponta que “a diversidade biológica e os direitos humanos estão interligados e são interdependentes”. Segundo o documento, entre os impactos negativos da extinção de espécies, está a queda na produtividade e estabilidade das atividades agrícolas e de pesca — o que é uma ameaça ao direito a alimentação.
Eliminar a biodiversidade também destrói fontes potenciais de substâncias medicamentosas e terapêuticas, além de aumentar a exposição a algumas doenças infecciosas e restringir o desenvolvimento do sistema imunológico humano. Segundo Knox, essas consequências podem violar o direito a vida e a saúde.
Ao acabar com mecanismos naturais de filtragem da água, a perda da diversidade de espécies de plantas e animais também um risco ao direito a água.
“As obrigações dos Estados para manter seus compromissos de direitos humanos incluem o dever de proteger a biodiversidade da qual esses direitos dependem”, alertou Knox.
O especialista afirmou ainda que, além dessa obrigação mais geral, países devem implementar medidas específicas envolvendo a divulgação de informações públicas sobre projetos que afetem a biodiversidade. Outra recomendação é garantir a participação dos cidadãos em processos decisórios. O relator cobra ainda que soluções satisfatórias e efetivas sejam encontradas em casos onde houve, de fato, perda da biodiversidade.
Populações mais vulneráveis
Knox lembrou que, embora a destruição da riqueza biológica afete a todos, as consequências mais duras atingem os que precisam diretamente da natureza para a sua vida cultural e material.
“Mesmo quando devastar florestas ou construir represas trazem benefícios econômicos, esses benefícios são normalmente aproveitados desproporcionalmente pelos que não dependem diretamente do recurso (envolvido) e os custos são impostos desproporcionalmente aos que dependem”, disse o relator.
O especialista acrescentou ainda que a proteção dos direitos de povos indígenas e de outras comunidades dependentes de ecossistemas naturais é, além de uma obrigação de direitos humanos, a melhor maneira para preservar a biodiversidade.
“Sobre isso, são particularmente perturbadoras as ameaças crescentes e a violência contra os que protegem a biodiversidade de caçadores, traficantes e negócios ilegais”, acrescentou Knox, que explicou que os que arriscam suas vidas pela biodiversidade “não são apenas ambientalistas, são também defensores dos direitos humanos”. Para o relator, governos devem se empenhar em proteger ativistas. 

segunda-feira, fevereiro 13, 2017

Conheça o Pycnonemossauro, o dinossauro brasileiro primo do T-rex
Pesquisadores brasileiros descobriram que o exemplar brasileiro é o maior da família Abelisauridae, que inclui dinossauros carnívoros bípedes
Por Julia Moura 13 fev 2017, 10h59
                     
                   Pycnonemosaurus (Rodolfo Nogueira/Prehistoric Factory/Reprodução)
Pycnonemosaurus nevesi, um dinossauro que viveu em uma região que atualmente corresponde ao Mato Grosso, há 70 milhões de anos, é o maior exemplar da família Abelisauridae. Cientistas brasileiros concluíram que a espécie tinha 8,9 metros, da ponta das mandíbulas à ponta da cauda. Com a descoberta, o Pycnonemossauro brasileiro ultrapassa por um metro o dinossauro argentino Carnotaurus sastrei, que os pesquisadores acreditavam que era o maior do grupo dos Abelisauridae.
A pesquisa, publicada recentemente na revista científica Cretaceous Research, foi conduzida pelos brasileiros Orlando Grillo, paleobiólogo e zoólogo do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Rafael Delcourt, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP). A equipe de cientistas analisou fósseis de 37 dinossauros da família Abelisauridaeque reúne carnívoros bípedes, de fortes membros posteriores e crânios cobertos com sulcos e depressões.
“Há muita confusão nas estimativas do tamanho dos dinossauros, pois os métodos utilizados divergem de um trabalho para outro. Anteriormente, o Pycnonemossauro brasileiro havia sido descrito como um dos menores de seu grupo. Conhecer o tamanho de um dinossauro é importante para nossos estudos, como de paleoecologia e biomecânica”, explica Grillo.
Tamanho dos dinossauros
Segundo o pesquisador, o mais comum é que as espécies descritas pelos cientistas tenham seu tamanho estimado por meio de proporções diretas, feitas com regra de três que comparam os ossos de outros dinossauros. O método é geralmente impreciso, já que as medidas corporais variam bastante entre os animais.
Para uniformizar a dimensão das espécies analisadas no estudo, a equipe comandada por Grillo e Delcourt utilizou um mesmo método em todos os fósseis. Foram feitas regressões lineares baseadas no tamanho das vértebras e tíbia, cujas correlação com o comprimento corporal total é de 95 a 98%. “São valores muito altos, o que indica que o cálculo é muito preciso”, disse Orlando.
Predadores carnívoros
O nome Pycnonemosaurus significa ‘lagarto da mata densa’, em alusão ao Mato Grosso, onde os fósseis da espécie foram encontrados em 1952. O animal, que vivia na Chapada dos Guimarães era tido como o segundo maior dinossauro brasileiro, perdendo apenas para Oxalaia, um terópode de 12 a 14 metros de comprimento que viveu há 95 milhões de anos no lugar que hoje corresponde ao Maranhão.
O Carnotauro argentino, que até então era descrito como o maior desse grupo de dinossauros, com 7,8 metros de comprimento, é conhecido por ser uma das espécies descritas no livro Mundo Perdido, de Michael Crichton, que inspirou o grande vilão de Jurassic World, último filme da série Parque dos Dinossauros, o dinossauro Indominus Rex. Sua aparência é marcante, com chifres no topo da cabeça — mas, em comprimento, como descobriu a equipe brasileira, ele perde em pouco mais de um metro.
A pesquisa também identificou que as espécies da família Abelisauridade cresceram ao longo de sua evolução. A suspeita é que eles tenham acompanhado o aumento de tamanho de suas presas.
“Muitas vezes acontecem evoluções paralelas entre caça e caçador. Se as presas aumentam de tamanho durante a evolução, isso lhes confere maior vantagem por serem mais difíceis de abater. O que acaba favorecendo que predadores maiores sejam selecionados ao longo da evolução. Abelissaurídeos provavelmente se alimentavam de dinossauros saurópodes do grupo Titanosauria que também cresceram durante os anos”, disse Orlando.

terça-feira, janeiro 24, 2017

Wyoming caçadores de neve ameaçam áreas protegidas

Esquiadores Backcountry são convidados a sacrificar pó gira para ajudar a vida selvagem passar o inverno, mas alguns recusam.
Viajar com segurança no backcountry exige um monte de know-how, experiência e tomada de decisão responsável. Mas não é só você e a vida de seus parceiros que são colocados na linha quando você decide fazer algumas voltas de pó desertas.
No backcountry em torno de Jackson Hole, Wyoming, "caçadores de neve" se tornaram um grande problema. Com fome de neve despreocupada e desconsiderado da vida animal, alguns esquiadores e snowboarders levaram-se a áreas restritas do deserto, reservadas como habitats de inverno para animais que lutam para passar o inverno.
Na semana passada, moradores preocupados descobriram um snowboarder fazendo voltas em uma área restrita da Floresta Nacional Bridger-Teton perto de Lower Valley Energy, um negócio ao sul de Jackson, e contatou as autoridades. Foi dado um bilhete de $ 130 e carregado com um misdemeanor, punível por até $ 5.000 e na prisão tempo.
As trilhas vieram acima perto de Jackson apropriado também. Jackson Hole News & Guia  atribui-los a uma lua cheia e céu claro na semana passada, fazendo esqui sob a cobertura da escuridão mais fácil.
Estes habitats protegidos não são nada de novo - eles foram instalados em 1990 - mas este ano tem visto queda de neve mais profunda do que a habitual na área, e as áreas são cruciais para tornar a vida mais fácil para animais não hibernando como alces, alces, E carneiros de veado selvagem. A maioria são escolhidos para a sua virada a sul, o terreno varrido pelo vento, o que torna alimentos, muitas vezes escondido sob o mais fácil de neve para acessar.
Encontros de vida selvagem em aumento de cidade no inverno como animais cabeça para a segurança e facilidade de trilhas e estradas bem cuidadas e arados; Uma instalação perigosa para seres humanos e animais. Ao reservar terras protegidas no inverno, a Floresta Nacional de Bridger-Teton ajuda esses animais a preservar a energia e fazer isso através de invernos difíceis em uma região em constante mudança e cada vez mais desenvolvida.

quarta-feira, novembro 02, 2016

Grupos de animais a China liderando campanha de urso shopping.  
 02 de novembro de 2016
https://www.animalsasia.org/intl/media/news/news-archive/china-animal-groups-leading-mall-bear-campaign.html#.WBmxa4vzBlk.twitter
Cinquenta dos grupos de animais da China estão agora liderando a campanha para Grandview Mall, em Guangzhou para fechar seu aquário e libertar os animais que mantém.
Isso inclui Pizza - um urso polar que fez manchetes em todo o mundo, o que levou mais de um milhão de assinaturas pedindo sua libertação.
Continua a haver uma oferta de Yorkshire Wildlife Park para realojar Pizza . É uma oferta que ainda está para receber uma rejeição oficial apesar da reacção de Grandview tem sido amplamente negativo.
Anteriormente Animals Asia reuniu-se com chefes de Grandview em duas ocasiõespara discutir a possível libertação de Pizza preocupações de bem-estar citando, enquanto sugerindo soluções de curto prazo para melhorar seus cuidados. Como resultado dessas reuniões, Grandview instalados elementos de enriquecimento básicas e uma máquina de neve para ajudar a melhorar as condições de pizza.
oferta de mais assistência Animais da Ásia também permanece aberto, embora o mantemos o urso exige melhores instalações do que nunca pode estar disponível em sua localização atual.
Confusão permanece sobre os planos de Grandview tanto para expandir suas instalações e aumentar o número de animais sob seus cuidados. As críticas de seus padrões de bem-estar animal solicitado sugestões que tinha parado . No entanto, os chefes de Grandview ainda aparecem otimista sobre planos de expansão.
Infelizmente, enquanto Grandview levou grande oposição na China e internacionalmente, parece continuar a ser bem sucedido comercialmente. 
Enquanto a crítica continua na mídia chinesa não parece estar afetando multidões ainda.
Neste contexto, o anúncio público por um consórcio de grupos de bem-estar animal chinês é significativo. 
É importante que os amantes dos animais chineses continuam a ser ouvida sobre as questões de protecção dos animais domésticos.
Enquanto isso urso Pizza tornou-se uma figura de proa para as questões mais amplas de animais a ser utilizado comercialmente na China. Isso inclui equipamentos, tais como centros comerciais, parques temáticos e parques de safári, bem preocupações em curso sobre performances de animais, que estão em curso, apesar de uma proibição.
Animais da Ásia programa Cativo Animal Welfare continua a se concentrar em todos os animais que sofrem dificuldades em todo o país como resultado de pobres instalações e cuidado. Que inclui o apoio a grupos de animais para melhorar a vida e também manter o diálogo diretamente com instalações para animais em cativeiro, a fim de melhorar o atendimento.
Urso Pizza trouxe aumento de análise sobre os projectos em toda a China e é esperado que este foco acabará por torná-los menos palatável para os investidores, planejadores públicos e público em geral.

Grupos de animais a China liderando campanha de urso shopping.  
 02 de novembro de 2016
https://www.animalsasia.org/intl/media/news/news-archive/china-animal-groups-leading-mall-bear-campaign.html#.WBmxa4vzBlk.twitter
Cinquenta dos grupos de animais da China estão agora liderando a campanha para Grandview Mall, em Guangzhou para fechar seu aquário e libertar os animais que mantém.
Isso inclui Pizza - um urso polar que fez manchetes em todo o mundo, o que levou mais de um milhão de assinaturas pedindo sua libertação.
Continua a haver uma oferta de Yorkshire Wildlife Park para realojar Pizza . É uma oferta que ainda está para receber uma rejeição oficial apesar da reacção de Grandview tem sido amplamente negativo.
Anteriormente Animals Asia reuniu-se com chefes de Grandview em duas ocasiõespara discutir a possível libertação de Pizza preocupações de bem-estar citando, enquanto sugerindo soluções de curto prazo para melhorar seus cuidados. Como resultado dessas reuniões, Grandview instalados elementos de enriquecimento básicas e uma máquina de neve para ajudar a melhorar as condições de pizza.
oferta de mais assistência Animais da Ásia também permanece aberto, embora o mantemos o urso exige melhores instalações do que nunca pode estar disponível em sua localização atual.
Confusão permanece sobre os planos de Grandview tanto para expandir suas instalações e aumentar o número de animais sob seus cuidados. As críticas de seus padrões de bem-estar animal solicitado sugestões que tinha parado . No entanto, os chefes de Grandview ainda aparecem otimista sobre planos de expansão.
Infelizmente, enquanto Grandview levou grande oposição na China e internacionalmente, parece continuar a ser bem sucedido comercialmente. 
Enquanto a crítica continua na mídia chinesa não parece estar afetando multidões ainda.
Neste contexto, o anúncio público por um consórcio de grupos de bem-estar animal chinês é significativo. 
É importante que os amantes dos animais chineses continuam a ser ouvida sobre as questões de protecção dos animais domésticos.
Enquanto isso urso Pizza tornou-se uma figura de proa para as questões mais amplas de animais a ser utilizado comercialmente na China. Isso inclui equipamentos, tais como centros comerciais, parques temáticos e parques de safári, bem preocupações em curso sobre performances de animais, que estão em curso, apesar de uma proibição.
Animais da Ásia programa Cativo Animal Welfare continua a se concentrar em todos os animais que sofrem dificuldades em todo o país como resultado de pobres instalações e cuidado. Que inclui o apoio a grupos de animais para melhorar a vida e também manter o diálogo diretamente com instalações para animais em cativeiro, a fim de melhorar o atendimento.
Urso Pizza trouxe aumento de análise sobre os projectos em toda a China e é esperado que este foco acabará por torná-los menos palatável para os investidores, planejadores públicos e público em geral.

quarta-feira, outubro 26, 2016

biodiversidade galega, em vias de extinção
As alterações climáticas irão agravar incêndios e afectar espécies de árvores como o eucalipto, castanha ou Willow - vai atrair peixes tropicais e sardinha e polvo será menos.Alexandra Moledo Corunna 2016/10/26 | 02:19
 florestas de castanheiros em Ourense. 
As alterações climáticas causou um aumento no número de dias quentes e uma diminuição no refrigerador. De acordo com o Observatório de meados do século Sustentabilidade a temperatura vai subir 2,5 graus no verão e dois no da primavera. O relatório Atlas da mudança climática, as emissões e as provas por regiões preparados pelo observatório aviso de que este fenômeno vai provocar alterações na biodiversidade, afetando a flora, a fauna, ecossistemas marinhos e produtividade da cultura da Galiza.
Especialistas alertam que a mudança climática vai afetar espécies florestais como o eucalipto, porque as altas temperaturas favorecem algumas pragas como semipunctata Phoracanta ou Gonipterus que são iscas com esta espécie espalhar mais facilmente. Ou seja, se agora tendem a se concentrar em ensolaradas e mid - áreas de altitude poderia ser alargado a outras áreas que não alcançam hoje. O estudo acrescenta que algumas árvores, particularmente resistentes a menos calor, pode desaparecer. pesquisadores galegos têm observado que houve avanços entre um e cinco semanas em flor e atrasos de uma a dez semanas sobre a queda de folhas nas espécies caducifólias, como castanha ou salgueiro. Também tem avançado desde 1970 a chegada das andorinhas para a Galiza em 14 dias, enquanto que a migração foi adiada cerca de 19 dias.
O outro lado da moeda são plantações de vinha, no entanto, irá beneficiar de mudanças climáticas.Além de aumentar o território adequado para plantio, haveria maior probabilidade de diversificar castas e tipos de vinho. A única, mas faria em variedades tradicionais da área perder a qualidade, porque eles são adaptados para climas mais frios.
O aumento das temperaturas também provocam incêndios cada verão devastam as montanhas galegas no futuro são "mais rápida e intensa". O relatório afirma que a vegetação vai demorar mais tempo para se recuperar, porque as chamas consomem mais matéria orgânica. Eles não só será mais intensa, mas eles explicam além de concentrar-se nos meses de Verão será estendido para março e os dias de inverno sem chuva. Esta deterioração tem sido observada em índices de perigo que definem as condições de início e propagação do fogo desde os anos 1960.
As alterações climáticas, de acordo com o Observatório da Sustentabilidade, também irá trazer alterações ao ambiente marinho. Por exemplo, é mais comum ver peixes marinhos típico de regiões tropicais e subtropicais, como a corneta vermelho, enquanto a presença de outras mais comuns em águas galegas, como a sardinha ou o polvo será reduzido, causando um declínio na sua capturas. No caso de mexilhões de rendimento e perda de qualidade reduzidos punting a causa não é o aumento das temperaturas, mas o período de ventos do quadrante norte. Nos últimos 40 anos, dobrou o tempo de renovação da água nos estuários, causando também tem o dobro de dias em que você não pode remover esse molusco pela presença de microalgas tóxicas.
ações Galiza com as comunidades da Euro-Siberian-regiões todos os problemas comuns gama Cantábrica-. Este é o caso do desaparecimento do tetraz cantábrico, que perdeu 70% de suas populações na Galiza, Astúrias e Castilla e Leon nos últimos 30 anos. Algo semelhante acontece com o salmão do Atlântico, que dos 43 rios que costumava ser, e só aparece em cerca de vinte costa da Galiza e da Cantábria.                                                                                                             

segunda-feira, setembro 26, 2016

Chimpanzés infectados por laboratório de NY 'colonizam' ilhas africanas
Ben Garrod 

Biólogo da Universidade Anglia Ruskin  26/09/2016    09h53
Os chimpanzés foram abandonados com poucas chances de se alimentarem sozinhos

Em 1974, o banco de sangue americano New York Blood Centre (NYBC) decidiu criar na Libéria, oeste africano, o Vilab II - um grande laboratório a céu aberto para experimentos com diversos tipos de vírus em chimpanzés silvestres. Os primatas foram infectados deliberadamente com doenças como a hepatite, para que vacinas fossem desenvolvidas.
Trinta e um anos mais tarde, quando anunciou o fim dos experimentos, o diretor do Viral II, Alfred Prince, assegurou que o NYBC iria cuidar do bem-estar dos primatas pelo resto de suas vidas.
Pelo fato de estarem infectados, os chimpanzés foram levados para seis ilhas fluviais. Lá, ao custo de US$ 20 mil mensais, os animais recebiam água e comida e cuidados para uma "aposentadoria feliz".
Porém, em março de 2015, o NYBC cancelou toda a ajuda, deixando 85 chimpanzés abandonados à própria sorte. Era impossível que escapassem, pois esses primatas não são bons nadadores.

Tecnicalidade
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Tecnicamente, o governo da Libéria é o dono dos animais, mas os cuidados diários e experiências eram de responsabilidade do NYBC. Esse detalhe legal permitiu que o banco de sangue se distanciasse do problema.
Em um comunicado divulgado poucos meses após o fechamento do laboratório, o NYBC disse que "nunca teve obrigação alguma de cuidar dos animais". O comunicado dizia ainda que "já não era sustentável desviar milhões de dólares de nossa missão de salvar vidas".
Este posicionamento provocou fúria de ativistas dos direitos animais.
"O banco de sangue abandonou os chimpanzés na Libéria no pior momento possível, quando o país estava em meio ao surto do vírus ebola", criticou, por meio de uma porta-voz, a ONG americana The Humane Society.
"Vale a pena mencionar que o foi a utilização de chimpanzés que possibilitou ao centro desenvolver vacinas e outros tratamentos ao longo de décadas".
Resgate
Mas esta não é uma discussão sobre questões éticas ligadas ao uso de animais para testes médicos. Ninguém poderia argumentar que esses animais não merecem água ou comida.
Como primatologista, estou interessado em como se pode cuidar de um grupo de animais de laboratório, criado em um ambiente semissilvestre e portador de doenças que oferecem riscos tanto para outros animais como para seres humanos.
Para resolver esse dilema, a especialista em grandes primatas Jenny Desmond e seu marido, o veterinário Jim Desmond, viajaram no final de 2015 ao país africano, financiados pela The Humane Society, para coordernar a assistência aos chimpanzés.
Eles lideraram um pequeno grupo de pessoas que agora se ocupa dos primatas. Recentemente, falei com os Desmond e eles me contaram que a população de chimpanzés está crescendo - 11 novos teriam nascido desde 2006 por causa da falta de controle de natalidade.
Jenny disse estimar que 30 dos adultos levados para a ilha em 2005 tinham morrido. Um grande problema é que não é possível reintroduzir esses animais à vida silvestre, pois eles poderiam infectar outros bichos.
"Não sabemos qual chimpanzé está inoculado com qual doença", diz ela.