Araras são 'despertadores' no Pantanal, uma das
regiões mais selvagens do mundo
MARINA
CONSIGLIO
ENVIADA ESPECIAL A MIRANDA (MS)
ENVIADA ESPECIAL A MIRANDA (MS)
27/01/2018 17h00
Ainda não são 6h da
manhã, e você desperta com uma orquestra de cantos dos mais variados pássaros.
Ainda sonolento, tenta conferir se de fato o dia nasceu. Abre lentamente a
cortina da janela e, para sua surpresa, os raios solares estão apenas começando
a vir à tona. A menos de cinco passos dali, um jacaré assiste incólume ao
espetáculo.
Quando de fato o
dia mostra a cara, um casal de araras-azuis risca o céu em voo. As aves, que já
estiveram em extinção no Brasil até 2015, ajudam a transformar o Pantanal sul-matogrossense
num dos maiores santuários de riquezas naturais da Terra.
Viaja sãopaulo - Pantanal
Araras-azuis no Pantanal Para
manter o colorido do céu com essas aves, um projeto tenta preservá-las em seu
ambiente natural. Desde 1990, um grupo de sete pessoas, coordenado pela bióloga
Neiva Guedes, monitora as aves, cadastra os animais e instala ninhos
artificiais. Foi assim que nasceu o Arara Azul.
Em
1998, o projeto fixou-se no Refúgio Ecológico Caiman, em Miranda (a 236 km de
Campo Grande). Ali, flora e fauna pantaneiras convivem harmoniosamente com o
homem.
Com
a iniciativa, é possível não apenas admirar as aves nos céus, mas dá também
para visitar os ninhos e conhecer os filhotes, que têm cheiro de leite de coco.
O
espaço, dedicado ao ecoturismo, abriga outros projetos de conservação: o
Papagaio-Verdadeiro, que pesquisa o animal para propor ações de proteção, e o
Onçafari, que monitora a presença do predador pela mata, aumentando as chances
de observá-lo.
REFÚGIO
No
finzinho da tarde, a sinfonia de passarinhos está de volta. É como se eles se
despedissem do dia, num anúncio para o que virá à noite. Em veículos adaptados,
a turma do Refúgio promove a observação noturna dos bichos.
Os
pássaros vistos durante o dia dão lugar a mamíferos de maior porte, como antas,
tamanduás e jaguatiricas. Binóculos e lanternas se fazem necessários. As luzes
lançadas pelos guias mostram também que os solitários jacarés descansam nas
áreas alagadas, enquanto aguardam o raiar do sol para mais um dia, que será
espetacular.
A
jornalista viajou a convite da Fundação Toyota do Brasil.
PROJETO ARARA AZUL
Em
atividade na região do Pantanal sul-matogrossense desde 1990, o Projeto Arara
Azul realiza o manejo e a conservação da ave em seu ambiente natural. Para
isso, uma equipe de sete pessoas coordenadas pela bióloga Neiva Guedes
acompanha essa espécie na natureza, monitora e instala ninhos artificiais numa
área de 400 mil hectares.
Além
do trabalho de campo, o projeto promove o turismo de observação das aves e o
envolvimento da comunidade em atividades de educação ambiental com crianças,
peões e fazendeiros. A arara-azul saiu oficialmente da lista de animais em
risco de extinção no Brasil em 2015. Na última contagem, feita em 2008, foram
registradas cerca de 5.000 aves
Grupo de Trinta-réis
Casal de araras-azuis
Jacaré Caiman: animal dá nome a refúgio
ecológico
Tuiuiú em área alagada no Pantanal
QUEM LEVA
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