sexta-feira, abril 05, 2019

Expedição a índios isolados teve 'contato pacífico e emoção no reencontro de parentes', diz Funai
Por Matheus Leitão
05/04/2019 09h56 atualizado há 5 horas
Índios Korubo permaneciam isolados até a expedição — Foto: Bernardo Silva/Funai

A maior expedição da Fundação Nacional do Indio (Funai) dos últimos 20 anos para fazer contato com índios isolados resultou, até o momento, em um encontro pacífico e acabou marcada pelo reencontro de parentes indígenas que estavam afastados. Também houve diálogos para evitar conflitos por terras.

Como o blog informou no início de março, a Funai preparou a maior expedição das últimas décadas para entrar em contato com um grupo de índios Korubo, na Terra Indígena (TI) Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, que permanecia totalmente isolado.

A expedição, que começou a ser organizada no governo anterior, tinha dois objetivos principais: reaproximar parentes que se afastaram em 2015 e, também, evitar novos conflitos entre eles e os Matis, outra etnia indígena da região, pelas terras próximas ao Rio Coari.

Reencontro de parentes Korubo foi celebrado entre os índios — Foto: Bernardo Silva/Funai


Havia o risco de extinção física de uma das etnias, segundo a Funai, no caso de um contato inadvertido, porque existem muitas desavenças entre os dois grupos. Daí, a necessidade da expedição que fez a fundação abrir mão da política de "zero contato” com índios isolados, que vinha sendo adotada desde 1987.

Atualmente, a Funai evita ao máximo o contato com grupos indígenas para preservar a decisão dos índios de se isolar. Depois de aproximadamente 32 dias, o chefe da expedição e coordenador-geral de índios isolados e recém contatados da Funai, Bruno Pereira, conversou com o blog sobre os resultados da missão que, segundo ele, foi um sucesso.
                                                                     
Bruno Pereira lembra que a equipe da expedição era composta por 30 pessoas, entre profissionais de saúde, servidores da Funai, da Secretaria de Saúde Índigena (Sesai) e índios já contatados da região. Além da equipe que trabalhou efetivamente nas matas, a expedição teve o apoio da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Federal.

Inicialmente, a equipe de trabalho passou por uma quarentena de 11 dias para se livrar de gripes e evitar a contaminação dos índios com doenças. Depois do período em quarentena, a equipe permaneceu oito dias na mata em busca dos Korubo isolados.

Bruno relata que a equipe usou como intérpretes índios Korubo já contatados, parentes que tinham se perdido do grupo dos Korubo isolados em 2015. Ao chegar nas roças mapeadas pela Funai, a equipe não encontrou imediatamente os índios isolados, que tinham saído em busca de alimento. Ao procurar pelos caminhos abertos pelos indígenas, a equipe conseguiu realizar o encontro.

Segundo a Funai, na manhã do dia 19 de março a equipe encontrou com dois indígenas isolados que caçavam. “Foi um encontro bastante emocionante, pois logo descobrimos que um dos dois Korubo que vieram em nossa direção era irmão consanguíneo de um Korubo que compunha a expedição. Eles não se viam desde 2015. Foi uma situação de bastante emoção e choro entre eles, que acreditavam que seu parente estava morto” conta o coordenador de Índios Isolados.

“Num primeiro momento, eles não estavam com suas armas, suas bordunas, e a gente também não. Nossos intérpretes Korubo são familiares que foram separados, então houve bastante emoção nesse momento, foi um contato bem pacífico e ele foi sendo construído”, explica Bruno Pereira.

De acordo com ele, no dia seguinte chegaram outros 22 indígenas que estavam nas proximidades. Duas famílias, compostas por 10 indígenas, se aproximaram nos três dias seguintes. Ao todo foram contabilizados 34 Korubos. Quatorze deles com idade aproximada entre 20 e 48 anos, sendo oito homens e seis mulheres, duas delas grávidas. O grupo conta, ainda, com 21 crianças e jovens de até 16 anos, sendo nove meninos e 12 meninas. Dessas, três bebês de menos de um ano de idade.

O chefe da expedição relata que não há registros de doenças que tenham sido passadas da equipe para os índios até o momento. Bruno explica que os Korubo estavam com uma malária “suave”, mas que não foi adquirida pelo contato com a equipe. Segundo ele, os índios “podem ter adquirido [a doença] nas visitas aos Matis ou pelos próprios caçadores ilegais que andam próximo ao Rio Coari”.

Questionado sobre o diálogo para evitar confrontos entre os Korubo do Coari e os Matis, Bruno Pereira revela que os índios entenderam que não devem se aproximar da região onde estão os Matis. No entanto, segundo o chefe da expedição, o contato ainda é muito inicial e precisa ser monitorado.

“Houve um entendimento, a gente conseguiu dialogar nesse sentido com eles. Disseram que não iam mais andar para lá e é fundamental entender que os intérpretes nossos são parentes deles, então a coisa pôde fluir um pouco mais. Mas está muito inicial, o processo é estável. São as primeiras informações de campo e a gente ainda tem que monitorar”, explica Bruno.

Bruno Pereira ressalta que a expedição não terminou. A ação vai diminuindo gradualmente até que a situação seja considerada segura e o contato esteja consolidado com os índios. Segundo ele, é preciso estar “alerta” por causa do histórico de conflitos na região.

“Agora ela [a missão] vai reduzindo um pouco conforme vamos ganhando segurança e estabilidade nessa relação. Leva um tempo. Não é algo feito em 10 dias, 15 dias. A gente não vira as costas e vai embora. Voltamos a repetir um monte de informações para eles com o intuito de que a gente não tenha dissabores após o contato”, explica.


terça-feira, janeiro 29, 2019

     Nova barragem da Vale se rompe, tragédia agora é em         Brumadinho, Minas Gerais; 65 mortos, 279 desaparecidos
https://marsemfim.com.br/barragem-da-vale-se-rompe-em-brumadinho/                                               
Nova barragem da Vale se rompe. O Mar Sem Fim continua a sapear as redes sociais, sites de jornais e revistas, da academia e de ambientalistas, sobre a tragédia de Brumadinho. Notícias terríveis não param de chegar. No domingo, nenhuma pessoa foi salva. Há pouca esperança em achar pessoas vivas.
Pontilhão destruído pelo mar de lama da Vale. Nova barragem da Vale se rompe. Foto: www.bbc.com.

Vice presidente e gabinete da crise


O Presidente em exercício, general Mourão disse que o governo estadual o afastamento da atual diretoria da Vale, a notícia foi publicada hoje pelo Estadão.

Brumadinho, 05h30 da manhã deste domingo, o alarme soa na cidade

Tudo que é ruim pode piorar,  e como sempre, é o que acontece na região de Brumadinho. Uma nova barragem, a de número seis, estáava na iminência de estourar. Se isso acontecesse os rejeitos iriam direto para a cidade de Brumadinho. Depois que bombeiros constataram a decrepitude da barragem, não restou alternativa a não ser evacuar parte dos moradores para os locais mais altos da cidade. Quatro bairros foram interditados entre eles Pires, Centro e Parque da Cachoeira. A partir de 14h30 chegou-se à conclusão que a barragem seis estava segura, assim, os trabalhos de busca foram retomados.Retrato da impunidade no Brasil. Dos 21 gestores da Vale condenados no acidente de Mariana, nenhum ainda foi preso passados três anos. Foto: noticias.r7.com.

Barragem número seis controlada, trabalhos de buscas são retomados

O perigo da barragem seis estourar a qualquer momento fez com  que suspendessem os trabalhos de busca, que depois voltaram.                  Nova barragem da Vale se rompe. Rastro de destruição. Foto: www.metropoles.com.

Acidente de Brumadinho será o maior  do mundo, entre mineradoras, em número de mortes

Especialistas falando na Globo News dizem que ao término dos trabalhos o acidente de Brumadinho “será o maior do mundo, na área de mineração, em quantidade de mortes”. Lembrando que até agora são 60 corpos recolhidos, mais 292 desaparecidos que, infelizmente, devem estar soterrados na lama. Boa parte deles deve estar no refeitório da Vale, que ficava em lugar errado, do ponto de vista da engenharia, “porque ficava bem no caminho dos rejeitos se houvesse estouro da barragem”.                Nova barragem da Vale se rompe. Horror dos horrores. Quem estava lá dentro? Foto: UOL. 

Governo de Minas levanta os prejuízos

Estadão, segunda, 15hs: “O governo de Minas Geraisestá fazendo um levantamento dos prejuízos aos produtores rurais da região, após o rompimento da barragem da Vale em Bernardinho. Na cidade de Brumadinho, a indicação de dados preliminares é que as áreas atingidas são, principalmente, de plantio de hortaliças.

Advogado da Vale diz que empresa não tem culpa

Ainda segundo o Estadão desta segunda, “Mais cedo, o advogado Sergio Bermudes, um dos principais defensores da mineradoraafirmou que “não vê responsabilidade” da companhia sobre o rompimento da barragem em Brumadinhoe que já havia enviado à Justiça mineira pedido de reconsideração sobre as decisões que bloquearam mais de R$ 11 bilhões do caixa da empresa.” Ao mesmo tempo, a Vale informou que pretende ‘doar’ cem mil reais para cada família de pessoa morta, numa clara aceitação que a culpa é dela.

A licença da barragem

Segundo a Folha de S. Paulo, ” a Ata da reunião extraordinária do órgão ambiental de Minas Gerais que aprovou em dezembro, de forma acelerada, a ampliação das atividades do complexo Paraopeba, que inclui a Córrego do Feijão, mostra que o risco de rompimento, que acabou acontecendo nesta sexta (25), foi objeto de discussão.”                                          Nova barragem da Vale se rompe. 

Providências

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, informou que ‘a lama está sendo monitorada para impedir que contamine o São Francisco, já que o rio Paraopeba é um de seus afluentes’. Para tanto foram mobilizados a ANA, Agência Nacional da Água, e o Ibama. O ministro também falou numa multa de R$ 250 milhões contra a Vale. A Vale teve 11 bilhões de reais bloqueados pela justiça para pagar indenizações e que tais.

136 militares de Israel chegaram a Brumadinho

A repercussão internacional do acidente é enorme. Resultou na oferta do Primeiro Ministro de Israel de uma equipe de ponta, com equipamentos ultramodernos, que já estão em  Brumadinho.

Nova barragem da Vale se rompe

A barragem do Córrego do FeijãoBrumadinho, Região Metropolitana de Minas Gerais, rompeu-se no fim da manhã de sexta-feira. A barragem é da Vale S.A, empresa responsável pela maior tragédia ambiental do Brasil, três anos atrás, em Mariana, quando 19 pessoas morreram soterradas pela lama e o distrito de Bento Rodrigues foi apagado do mapa, totalmente soterrado.                                      A região da tragédia. 

Novidades sobre Nova barragem da Vale se rompe

Jair Bolsonaro sobrevoou Brumadinho. Assistiu  in loco o resultado de um crime anunciado, em razão da pouca transparência que existe entre a sociedade brasileira, e as empresas de mineração. Três anos atrás a mesma Vale foi responsabilizada pelo ‘maior acidente ecológico do Brasil‘, com 19 mortes, quando do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. O Mar Sem Fim lembra que até agora muito pouco foi feito em prol dos que perderam tudo neste acidente.                          Foto: exame.abril.com.br. 

O Presidente e o Meio Ambiente

O Mar Sem Fim está careca de saber que a gestão Bolsonaro, que mal começou, não tem nada a ver com o acidente. Mas não podemos desperdiçar o momento para questionar mais uma vez suas ideias. Não somos menos patriotas por termos divergências com o presidente.  Isso é o que se chama democracia, divergir, e discutir, são as melhores soluções. Mas vamos combinar que, desde que Bolsonaro foi multado pelo ICMBio, em 2012, em Angra dos Reis, temos acompanhado os passos dele, versus a questão do meio ambiente que para nós é tão cara. Por quê? Porque consideramos que Bolsonaro não entende patavina do assunto, cansou de falar bobagens e ser obrigado a voltar atrás em seguida, sempre com ar de deboche para com os órgãos responsáveis pelo meio ambiente. Um presidente da República que quer ser levado a sério, não pode falar bobagens a torto e a direito e depois voltar atrás. Simplesmente não funciona. Perde-se a confiança.

‘Licenciamento ambiental é obstáculo ao crescimento’

É isso que o Presidente apregoa quase toda semana desde que estava em campanha. Senhor presidente, ainda considera que o ‘Ibama é uma fábrica de multas’? Que o ‘licenciamento ambiental é obstáculo ao crescimento’? Infelizmente, este trágico acidente mostra mais uma vez a importância de um ministério do Meio Ambiente bem aparelhado por equipes, e equipamentos. O que não acontece. O Ibama e o ICMBio jamais tiveram o investimento que merecem. São deficitários em equipes e equipamentos como já demonstramos várias vezes. Assim como quase todos os órgão responsáveis por fiscalização.               Barragem Menezes II – Mina Córrego do Feijão. Foto:valeinformar.valeglobal.net    

Corpo de Bombeiros fala em sumiço de 279 pessoas

corpo de bombeiros anunciou desaparecimento de 279 pessoas. A história fica mais pesada a cada minuto.  O rio Paraopebaafluente do São Francisco, foi contaminado pelos rejeitos. Não se sabe se eles atingirão o São Francisco, os bombeiros se concentram em salvar pessoas, eles não podem fazer nada quando à contaminação dos rios.                       Foto: www.sistemampa.com.br. Nova barragem da Vale se rompe. 

Cenário de terra arrasada

As imagens da televisão, em tempo real, mostram um cenário de terra arrasada. Casas são soterradas pelo mar de lama em movimento, em segundos.              Barragem I – Mina Córrego do Feijão. Fonte: valeinformar.valeglobal.net                               Segundo  informações do Corpo de Bombeiros, que atende o município, há vítimas, e várias viaturas foram enviadas ao local, além de vários helicópteros                 Nova barragem da Vale se rompe. Foto: cbn.globoradio.globo.com   

Ações da Vale caíram 8% na bolsa de Nova York; e 20% na de SP

A GloboNews informa que “as ações da Vale caíram 8% na bolsa de Nova York”. Lembrando que sexta foi feriado, por isso a BOVESPA não abriu. Enquanto isso, no Brasil, Jair Bolsonaro não perdeu a oportunidade e se manifestou via tweet. Nesta segunda , diz o Estadão, “A Bolsa de São Paulo chegou a perder quase 3 mil pontos nesta segunda-feira, 28, e bateu no nível dos 94 mil pontos com a forte queda nas ações da Vale e da Bradespar. As ações ordinárias das duas companhias perdiam mais de 20% logo no início de pregão, repercutindo a tragédia em Brumadinho (MG), no primeiro dia de negociações após o ocorrido.”            Nova barragem da Vale se rompe.O presidente não larga o twitter  …                                       Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, “a Vale perdeu R$ 71 bilhões em valor de mercado depois do acidente de Brumadinho.”

A Vale

A Vale tem alguns de seus projetos como ‘referência em tratamento ambiental’, Carajás, por exemplo, o maior  complexo minerário (de minério de ferro) do mundo. Segundo o site www.pontosbr.com, “a Mina de Ferro de Carajás, localizada na Serra dos Carajás, município de Parauapebas, sul do Pará,  explorada pela Companhia Vale S.A é a maior mina de ferro a céu aberto do mundo.” E o Mar Sem Fim observa que no Pará o trabalho ambiental que a empresa fez, para mitigar os problemas causados pela gigantesca obra, e o brutal impacto ao meio ambiente, é exemplar. Ainda assim, nas de Minas Gerais, pelo menos, o comportamento da gigante da mineração mundial é no mínimo irresponsável. Não é possível que não tenha aprendido a lição do primeiro acidente, quando o  distrito de Bento Rodrigues foi apagado do mapa.

A Vale é uma empresa irresponsável em Minas Gerais

Não é a primeira, vez, repetimos. A Vale é responsável ‘pelo maior acidente ecológico do Brasil‘, a tragédia de Mariana, acontecida três anos atrás, quando 19 pessoas morreram, e Bento Rodrigues foi soterrado. Neste primeiro acidente a empresa matou também um curso água, o Rio Doce.

Três anos depois, o caso da Barragem do Fundão, em Mariana, não foi pra frente

Passados três anos da tragédia de Mariana, os pescadores artesanais continuam sem ter onde pescar; as indenizações ainda não foram pagas; a construção do novo povoado ainda não saiu do papel. Esta é a Vale do Rio Doce. O jornal Estado de Minas publicou matéria. O título diz tudo: “Três anos depois do rompimento da barragem do Fundão, o pesadelo continua. Na Justiça criminal ou nos tribunais cíveis, a tragédia do rompimento da Barragem do Fundão permanece, três anos depois, uma questão sem resposta para as quase 500 mil pessoas atingidas entre Minas Gerais e o Espírito Santo.” O Mar Sem Fim observa que, tanto na Barragem de Fundão, como na de Brumadinho, a empresa sequer tocou o alarme para avisar os cidadãos.

Rio Doce, inquérito não levou a nada

Em Outubro de 2016, quase um ano depois da tragédia, finalmente o inquérito chegou ao seu final.  O “MPF denunciou 21 gestores e conselheiros, por homicídio doloso”. Mas, mais uma vez passados três anos, nenhum diretor foi preso.

Rio Doce, Ibama não aceitou plano de recuperação Ambiental

Veja a cara-de-pau, e a impunidade imperando apesar dos pesares. Uma das obrigações da Samarco, depois da tragédia, foi apresentar um plano de recuperação ambiental para todo o vale do Rio Doce. A empresa  mostrou plano tão ruim que não foi aceito. Segundo o Ibama, o que a Samarco apresentou era…
…de caráter genérico e superficial, sem considerar o imenso volume de informações produzidas e disponíveis até o momento, além de apresentar pouca fundamentação metodológica e científica…
Por estas e outras, aconteceu Brumadinho. Só que agora não são apenas 19 mortos, mas centenas. O Mar Sem Fim considera que, tudo a seu tempo, os gestores da Vale merecem cadeia.

Vale, Samarco, BHP Billiton, consórcio de irresponsáveis

Repetimos parágrafo de matéria anterior sobre a Vale e suas associadas, quando aconteceu a tragédia de Mariana.”O pior é que é sabido que a Samarco pressionou por uma licença que sabia fora dos padrões, não alertou os moradores, e é sócia duma empresa que tem a moral abaixo de cu de cobra, a BHP Billiton, que adora tapear governos fracos. Não, essa turminha da Samarco e da Vale sabia exatamente onde estava se metendo. Se a sociedade não fizer sua parte, acompanhando, repelindo estas vãs tentativas de ‘deixa pra lá’, a coisa vai, sim, pro brejo.”
Infelizmente, a ‘coisa’ foi pro brejo mesmo. A sociedade aos poucos se desmobilizou, parou de pressionar, e o assunto saiu das pautas dos jornais. Resultado? Taí o repeteco do grotesco acidente, fruto de descaso total da Vale e associadas.

BHP Billiton e o relatório Dirty Energy

BHP Billiton, sócia da Vale, é tão famosa por sua conduta predatória que gerou um relatório alternativo,  BHP Billiton Dirty Energy, informando sobre a destruição de comunidades na ColômbiaIndonésiaAustrália, Papua Nova Guiné, entre outros países. Acrescente-se agora, a morte do Rio Doce, e a tragédia de Brumadinho.

Alguns dados da Vale do Rio Doce

A vale é a “31ª maior empresa do mundo, atingindo um valor de mercado de 298 bilhões de reais. Em novembro de 2007, a marca e o nome de fantasia da empresa passaram a ser apenas Vale S.A. Foi privatizada no maio de 1997- durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em janeiro de 2012 foi eleita como a pior empresa do mundo, no que refere-se a direitos humanos e meio ambiente, pelo “Public Eye People´s”, premiação realizada desde o ano 2000 pelas ONG’s Greenpeace e Declaração de Berna. Dessa forma a Vale tornou-se a primeira empresa brasileira a “vencer” tal eleição, também conhecida como “Oscar da Vergonha“. A escolha foi realizada por meio de votação pública, tendo a Vale recebido 25 mil votos. Em segundo lugar na eleição ficou a japonesa Tepco, responsável pela operação das usinas nucleares de Fukushima, atingidas por um tsunami em março de 2011.”

Nova barragem da Vale se rompe, Ibama informa sobre dimensão do acidente

Ibama declarou que a tragédia de Mariana  despejou 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos, contra 13 milhões de Brumadinho.Apesar disso, o custo em perdas humanas é exponencialmente maior nesta repetição ‘made in Vale’.                                                 Novo vídeo                                             https://youtu.be/9Hnhn7QJiPQ?                                  t=16https://www.youtube.com/watch?time_continue=23&v=Lbx2PcBRkpc    
 Fontes: https://gauchazh.clicrbs.com.br/; https://valeinformar.valeglobal.net/BR/MG/Paginas/Home-14-03-18.aspx?pdf=1; https://exame.abril.com.br/brasil/bombeiros-rompimento-de-barragem-em-brumadinho-deixa-200-desaparecidos/; https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/risco-de-rompimento-foi-citado-na-tensa-reuniao-que-aprovou-licenca-da-barragem.shtml; https://www.pontosbr.com/mina-de-ferro-carajas-vale-do-rio-doce-parauapebas-pa-21.html; https://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_S.A.

quarta-feira, agosto 08, 2018

Deutsche WelleAstronauta mostra a estiagem na Europa vista do espaço

Continente tem batido recordes de temperatura, inclusive com focos de incêndio 

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Alexander Gerst
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 Há 10 horas
Em seguida, o astronauta divulgou, para efeito de comparação, algumas imagens da Europa capturadas em 2014, quando participou de uma missão na ISS pela primeira vez. "Diferença enorme, visível a olho nu a partir do espaço", comentou.                                                                                  
A atual onda de calor foi sentida de norte a sul do continente europeu. Em Portugal, temperaturas recordes foram registradas, chegando a 46,8°C na cidade de Alvega. A Suécia teve seu verão mais quente em 260 anos.
Na Alemanha, o calor, com vários dias de temperaturas acima dos 35°C, fez o nível de rios como o Reno baixar drasticamente, forçando embarcações de transporte a navegar com carga reduzida.
A estiagem também fez com que agricultores alemães solicitassem ajuda do governo para compensar as safras perdidas. Segundo o presidente da Associação de Agricultores Alemães (DBV), bilhões de euros devem ser necessários para compensar perda de até 70% das safras em algumas áreas.
Gerst, que tem 1,19 milhão de seguidores do Twitter, já se manifestou diversas vezes sobre problemas ambientais. Em entrevista neste ano, ele comentou o que notou quando viu a Amazônia do espaço: "Há gramado em vez do verde-escuro da floresta."
O astronauta partiu rumo à ISS pela segunda vez em junho, na missão Horizons. No espaço, ele vem trabalhando em 50 experimentos europeus, incluindo alguns que estudam como os músculos e o cérebro reagem à vida fora da Terra. Durante dois meses da missão, que deve ser encerrada em dezembro, Gerst será o primeiro alemão a assumir o comando da estação internacional.