quarta-feira, agosto 08, 2018

Deutsche WelleAstronauta mostra a estiagem na Europa vista do espaço

Continente tem batido recordes de temperatura, inclusive com focos de incêndio 

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Alexander Gerst
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 Há 10 horas
Em seguida, o astronauta divulgou, para efeito de comparação, algumas imagens da Europa capturadas em 2014, quando participou de uma missão na ISS pela primeira vez. "Diferença enorme, visível a olho nu a partir do espaço", comentou.                                                                                  
A atual onda de calor foi sentida de norte a sul do continente europeu. Em Portugal, temperaturas recordes foram registradas, chegando a 46,8°C na cidade de Alvega. A Suécia teve seu verão mais quente em 260 anos.
Na Alemanha, o calor, com vários dias de temperaturas acima dos 35°C, fez o nível de rios como o Reno baixar drasticamente, forçando embarcações de transporte a navegar com carga reduzida.
A estiagem também fez com que agricultores alemães solicitassem ajuda do governo para compensar as safras perdidas. Segundo o presidente da Associação de Agricultores Alemães (DBV), bilhões de euros devem ser necessários para compensar perda de até 70% das safras em algumas áreas.
Gerst, que tem 1,19 milhão de seguidores do Twitter, já se manifestou diversas vezes sobre problemas ambientais. Em entrevista neste ano, ele comentou o que notou quando viu a Amazônia do espaço: "Há gramado em vez do verde-escuro da floresta."
O astronauta partiu rumo à ISS pela segunda vez em junho, na missão Horizons. No espaço, ele vem trabalhando em 50 experimentos europeus, incluindo alguns que estudam como os músculos e o cérebro reagem à vida fora da Terra. Durante dois meses da missão, que deve ser encerrada em dezembro, Gerst será o primeiro alemão a assumir o comando da estação internacional.

sexta-feira, julho 27, 2018

Rancho Paraíso: 02 KM de Indianopolis



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segunda-feira, julho 16, 2018

New York Times
Com 10 mil pessoas, resgate na Tailândia teve inundação, tensão e sorte
'Ainda não consigo acreditar que deu certo' diz militar que participou da operação
MAE SAI (TAILÂNDIA)
Contras as probabilidades, a maioria dos meninos foi resgatada sem erros.
Mas na viagem número 11, para salvar um dos últimos meninos de um time de futebol juvenil que estavam bloqueados havia 18 dias nas profundezas de uma caverna, alguma coisa deu perigosamente errado.
equipe de resgate no interior de uma câmara subterrânea sentiu um puxão na corda guia —sinal de que um dos 12 garotos e seu técnico iria emergir em breve dos túneis inundados.
“Continuem”, disseram os socorristas, recordou o major da Força Aérea americana Charles Hodges, comandante de missão da equipe americana no local.
Passaram-se 15 minutos. Depois 60. Depois 90.
Enquanto os socorristas aguardavam ansiosamente, um mergulhador que estava conduzindo o 11º menino pelo labirinto inundado soltou a corda guia. Com visibilidade quase zero, não conseguiu reencontrá-la. Ele então retrocedeu lentamente, voltando para trás na caverna para localizar a corda guia. Só assim o resgate pôde seguir adiante. Finalmente o menino sobrevivente saiu em segurança.

Foi um momento assustador em uma operação até então surpreendentemente sem falhas para resgatar os membros do time de futebol Javalis Selvagens, que haviam sobrevivido à escuridão impenetrável do complexo de cavernas Tham Luang, na Tailândia, às vezes lambendo água das paredes geladas de calcário da caverna para se hidratarem.

“O mundo inteiro estava acompanhando tudo, então tínhamos que conseguir”, disse Kaew, SEAL da Marinha tailandesa que abanou a cabeça de espanto ao refletir sobre como cada um dos resgates deu certo. “Acho que não tínhamos outra escolha.”
Entrevistas com militares e autoridades responsáveis forneceram detalhes sobre uma operação de resgate montada com a contribuição física e intelectual de pessoas de todo o mundo. Dez mil pessoas participaram da operação, incluindo 2.000 soldados, 200 mergulhadores e representantes de cem agências governamentais.
Foram usados casulos plásticos, macas flutuantes e uma corda guia que içou os garotos e o técnico para que suas macas passassem sobre trechos de elevação rochosa. Os garotos ficaram isolados numa encosta rochosa a mais de 1.500 metros abaixo da superfície. Para retirá-los foi preciso atravessar longos trechos totalmente debaixo d’água de baixíssima temperatura, mantendo-os os submersos por cerca da 40 minutos cada vez. Os garotos chegaram a ser sedados para evitar ataques de pânico.
“O elemento mais importante do resgate foi a sorte”, disse o general Chalongchai Chaiyakham, vice-comandante da 3ª região do Exército tailândes, que cooperou com a operação. “Tantas coisas poderiam ter dado errado, mas de alguma maneira conseguimos tirar os meninos de lá. Ainda não consigo acreditar que deu certo.”
Os riscos foram enfatizados na sexta-feira (6) passada, quando Samarn Kunan, mergulhador aposentado dos SEALs tailandeses, morreu em um dos trechos debaixo d’água. Três mergulhadores SEALs foram hospitalizados depois de seus cilindros de ar comprimido quase se esgotarem. As correntezas fortes desviaram os mergulhadores do caminho durante horas a cada vez, às vezes arrancando suas máscaras de mergulho.
Usando equipamentos improvisados, em alguns casos remendados com fita adesiva, mais de 150 mergulhadores da Marinha tailandesa ajudaram a criar a rota de retirada. Mergulhadores internacionais e tailandeses correram risco de vida cada vez que penetraram nas cavernas estreitas de Tham Luang. Equipes militares estrangeiras trouxeram equipamentos de busca e resgate. Os americanos forneceram a logística, e mergulhadores britânicos cobriram os trechos mais perigosos.
O novo rei da Tailândia doou suprimentos. Pessoas de todo o país cooperaram voluntariamente como podiam, preparando refeições para a equipe de resgate, operando bombas para sugar água da caverna e procurando fendas ocultas nas formações de calcário pelas quais os Javalis Selvagens talvez pudessem ser içados para fora da caverna.
Mas, segundo mergulhadores e líderes da operação, o elemento mais imprescindível na operação para salvar o time de garotos de 11 a 16 anos e seu técnico foi a coragem.
“Não tenho conhecimento de nenhum outro resgate que tenha colocado socorristas e resgatados em tanto perigo por um período de tempo tão prolongado, exceto algo como os bombeiros que entraram no World Trade Center cientes de que o edifício estava em chamas e prestes a desabar”, disse Hodges.
Finalmente o menino sobrevivente saiu em segurança.

COMEÇOU COMO UMA COMEMORAÇÃO DE ANIVERSÁRIO

Havia previsão de chuva no dia 23 de junho, quando os Javalis Selvagens fizeram sua excursão a Tham Luang, mas os garotos já tinham se aventurado na caverna em ocasiões anteriores. Eles deixaram suas bicicletas e chuteiras na entrada e entraram na caverna levando faroletes, água e lanches comprados para comemorar o aniversário de um dos meninos.

O último dos meninos só sairia da caverna no dia 10 de julho, mais de 15 dias depois.

Ao final da primeira noite, seus pais estavam em pânico. Um contingente de SEALs tailandeses começou a penetrar na caverna inundada às 4h do dia seguinte.
Mas eles estavam acostumados a mergulhar em águas tropicais abertas, não na correnteza barrenta e gelada que percorria as cavernas. Não tinham os equipamentos e muito menos os conhecimentos necessários para mergulhar em cavernas, onde não é possível simplesmente voltar para a superfície quando alguma coisa dá errado.
Ruengrit Changkawanuyen, gerente regional tailandês da General Motors, foi um dos primeiros mergulhadores voluntários a comparecer ao local, no dia 25 de junho. Dezenas viriam a seguir, chegando de países que incluíram a Finlândia, Reino Unido, China, Austrália e Estados Unidos.
A força da água em Tham Luang pegou desprevenido mesmo um mergulhador em cavernas experiente como Ruengrit, arrancando sua máscara quando ele não se posicionou corretamente, diretamente de frente para a corrente.
“Era como entrar em uma cachoeira muito forte e sentir a água se lançando contra você”, ele contou. “Era uma escalada horizontal contra a água a cada passo.”
Os SEALs e os mergulhadores voluntários penetraram a caverna com grande cuidado, fixando cordas guias às paredes para garantir sua segurança. Eles encontraram pegadas que davam indícios do caminho seguido pelos garotos. Mas as chuvas das monções foram inundando a área, e as cavernas, feitas de calcáreo poroso, absorviam a água como uma esponja. Cavernas antes acessíveis ficaram completamente inundadas.
“Você estendia sua mão à sua frente e ela sumia”, disse Kaew, o SEAL que escapou do dilúvio final. “Não dava para enxergar nada, nada.”
UMA TRILHA GELADA E ESCORREGADIA

Nas profundezas das cavernas a água era tão gelada que os dentes dos mergulhadores tailandeses batiam quando eles faziam descansos durante seus turnos de 12 horas. Sem contar com capacetes apropriados, eles prendiam diversos tipos de faroletes a seus capacetes improvisados, usando fita adesiva.
No décimo dia da operação, 2 de julho, com poucas esperanças de encontrar qualquer coisa exceto corpos, dois mergulhadores britânicos que trabalhavam para estender uma rede de cordas guias vieram à superfície perto de uma saliência rochosa estreita.
De repente, viram 13 pessoas sentadas no escuro. Os Javalis Selvagens tinham ficado sem comida e sem luz, mas haviam sobrevivido lambendo a condensação das paredes da caverna.
Mas o júbilo com a descoberta em pouco tempo deu lugar à ansiedade. O capitão Anand Surawan, vice-comandante dos SEALs tailandeses que comandava um centro operacional em Tham Luang, sugeriu que os garotos e seu técnico talvez tivessem que permanecer na caverna por quatro meses, até a estação das chuvas chegar ao fim.
Três SEALs tailandeses ficaram desaparecidos por 23 horas, e, quando finalmente reapareceram, estavam tão enfraquecidos por falta de oxigênio que foram levados ao hospital às pressas.
Quatro dias depois de os garotos terem sido localizados, Saman Kunan, o SEAL aposentado que deixou seu emprego de segurança em um aeroporto para se oferecer como voluntário para participar do resgate, morreu quando estava colocando cilindros de ar numa rota de suprimento debaixo da água. Sua família não autorizou uma autópsia, mas algumas autoridades tailandesas dizem que ele ficou sem ar em seus cilindros. Outros acreditam que ele tenha morrido por hipotermia.
“Tenho orgulho enorme dele”, disse seu pai, Wichai Gunan, mecânico de automóveis. “Meu filho é um herói que fez tudo que pôde para ajudar os garotos.”
Enquanto isso, os esforços para drenar a caverna, usando bombas de água e um dique improvisado, começaram a surtir efeito. Saliências rochosas começaram a elevar-se da água turva. O trecho mais inundado, que levara cinco horas para ser percorrido no início da operação, agora podia ser atravessado em duas horas, com a ajuda das cordas guias.
UMA CORRIDA CONTRA A CHUVA PARA DAR INÍCIO AO RESGATE
No último fim de semana, os socorristas estavam ansiosos por retirar os meninos. A previsão meteorológica voltava a apontar para chuva. O nível de oxigênio no local onde os garotos estavam havia caído para 15%. Quando chegasse a 12%, o ar se tornaria letal.
A operação mudava constantemente de figura, de acordo com cada variável: a água, o ar, a lama, até mesmo o estado mental e físico dos garotos. Como eles não sabiam nadar, precisavam de máscaras de mergulho que cobrissem o rosto inteiro, dentro do qual seria bombeado ar com forte teor de oxigênio.
Mas as máscaras trazidas pela equipe americana eram feitas para adultos. Então a equipe as testou com crianças voluntárias numa piscina local e descobriu que, puxando as cinco correias ao máximo, elas poderiam funcionar.
A equipe americana, composta de 30 pessoas e que foi crucial para o planejamento da operação, recomendou que cada menino fosse confinado dentro de um casulo de plástico flexível, conhecido como um Sked, que é descrito como maca de resgates e faz parte dos equipamentos padronizados da equipe da Força Aérea.
Mergulhadores britânicos especializados conduziram os meninos pelos trechos submersos mais complicados, de olho em bolhas de ar que comprovassem que eles estavam respirando.
O primeiro-ministro da Tailândia, Prayuth Chan-ocha, disse que os garotos receberam tranquilizantes.
“Eles só precisavam ficar deitados ali”, disse Hodges, líder da equipe americana. 
Quando os meninos completaram a parte do trajeto feita debaixo d’água, que levou cerca de duas horas, o resto do percurso foi mais fácil, se bem que não deixou de trazer desafios. Os SEALs formaram equipes de revezamento para carregar os garotos na descida de encostas íngremes em que cada passo era escorregadio.
Em um ponto, os casulos plásticos contendo os meninos foram colocados sobre as mangueiras das bombas d’água, que foram usadas como um escorregador improvisado. Cordas içaram os garotos ao alto para que pudessem passar por cima das partes especialmente acidentadas. Em um trecho, os casulos foram colocados em cima de macas flutuantes e empurrados pelos mergulhadores tailandeses.
PROTEÇÃO DIVINA
O Seal tailandês Kaew estava parado no meio da água gelada da caverna na noite de terça-feira, engolindo a última mordida de uma pizza de abacaxi e frutos do mar, quando ouviu um grito de aviso: havia mais água vindo. Era preciso sair já.
Durante três dias exaustivos, ele e seus colegas tinham carregado os 12 garotos e o técnico, um a um, por uma série de cavernas escorregadias e íngremes, entregando-os em segurança.
Minutos antes do aviso, ele tinha dado as boas-vindas de volta à equipe de SEALs que permaneceu com os garotos durante oito dias na encosta onde estavam refugiados nas profundezas do labirinto inundado de Tham Luang.
“Os meninos estavam em segurança, meus amigos estavam em segurança”, disse Kaew, que não foi autorizado a dar seu nome completo. “Pensei que a missão tinha sido um sucesso, finalmente.”
E então, quando parecia que tudo estava terminado, uma das bombas de drenagem usada para reduzir o nível de água nas cavernas deixou de funcionar. A água, que antes estava ao nível da cintura do mergulhador, subiu rapidamente para a altura de seu peito, jorrando com grande força no lugar onde Kaew se encontrava, a cerca de 800 metros da boca da caverna. Sem nenhum equipamento de mergulho à mão, o SEAL teve que correr para procurar um lugar mais elevado. Ele escapou por um triz da inundação final.
Foi um final caótico da operação de resgate. Muitos dos mergulhadores e moradores da cidade próxima de Mae Sai encararam a inundação de último minuto como sinal de que a proteção divina só tinha sido retirada depois que todos haviam sido resgatados.
Kaew passou a missão inteira com um amuleto de Buda pendurado de seu pescoço com fita adesiva à prova d’água. “A caverna é sagrada”, ele disse. “Ela recebeu proteção até o final.”

Hannah Beech , Richard C. Paddock e Muktita SuhartonoTHE NEW YORK TIMES
Tradução de Clara Allain

sexta-feira, abril 13, 2018

New York Times
Tartaruga de cabelo verde que respira pelos órgãos genitais está ameaçada. 13.abr.2018 às 15h15
Animal está em nova lista de répteis ameaçados divulgada pela Sociedade Zoológica de Londres. 
James Gorman                                                                                                                            
No debate sobre a salvação de espécies ameaçadas, pode ser que algumas delas       
mereçam prioridade simplesmente pela estranheza.Um exemplo é a tartaruga de cabelo verde. O animal respira pelos seus órgãos genitais —não o tempo todo, mas, se você passa muito tempo sob a água, uma via alternativa para obter oxigênio realmente ajuda.

Tartaruga com o "cabelo moicano" verde era conhecida como tartaruga do rio Mary, e é uma espécie australiana que se dissociou de outras espécies vivas cerca de 40 milhões de anos atrás – AFP.                                                                                                                                                                                                                
Essa tartaruga ocupa o 30º posto em uma nova lista de répteis ameaçados divulgada pela Sociedade Zoológica de Londres. O programa Edge of Existence [limite da existência], operado pela sociedade, estuda as árvores evolutivas de animais ameaçados, para determinar quais deles são mais distintivos em termos evolutivos.
A organização já havia divulgado listas de mamíferos e anfíbios ameaçados. A nova lista classifica os répteis, considerando o grau de ameaça à sua sobrevivência e seu grau de distinção em termos evolutivos.
Rikki Gumbs e outros pesquisadores da Sociedade Zoológica que trabalharam na compilação da nova lista publicaram um estudo explicando como chegaram à classificação final, em artigo para a revista acadêmica Plos One, na quarta-feira (11).
Gumbs, que está fazendo um doutorado conjunto no Imperial College de Londres e na Sociedade Zoológica, disse que distinção evolutiva e estranheza não são exatamente sinônimos, mas que as duas coisas são próximas.
A distinção evolutiva avalia "o quanto uma espécie está solitária na árvore da vida", ele disse. E as espécies mais solitárias tendem "a ser estranhas e maravilhosas na maneira pela qual vivem".
A tartaruga com o "cabelo moicano" verde era conhecida como tartaruga do rio Mary, e é uma espécie australiana que se dissociou de outras espécies vivas cerca de 40 milhões de anos atrás. Ela conta com órgãos especiais em sua cloaca que permitem que extraia oxigênio da água, e pode ficar sob a água por até três dias.
O primeiro posto da lista fica com a tartaruga de cabeça grande de Madagascar, que de acordo com o site da Edge of Existence "está sozinha em um ramo da árvore da vida que surgiu há mais de 80 milhões de anos, na era dos dinossauros".
Os demais postos entre os cinco primeiros na classificação de répteis distintivos são, por ordem, a tartaruga fluvial da América Central, a cobra cega de Madasgacar, o aligátor chinês e o lagarto-crocodilo chinês, a única espécie de seu gênero e família, com uma história evolutiva de 100 milhões de anos. A população remanescente da espécie é de apenas mil espécimes.