terça-feira, janeiro 29, 2019

     Nova barragem da Vale se rompe, tragédia agora é em         Brumadinho, Minas Gerais; 65 mortos, 279 desaparecidos
https://marsemfim.com.br/barragem-da-vale-se-rompe-em-brumadinho/                                               
Nova barragem da Vale se rompe. O Mar Sem Fim continua a sapear as redes sociais, sites de jornais e revistas, da academia e de ambientalistas, sobre a tragédia de Brumadinho. Notícias terríveis não param de chegar. No domingo, nenhuma pessoa foi salva. Há pouca esperança em achar pessoas vivas.
Pontilhão destruído pelo mar de lama da Vale. Nova barragem da Vale se rompe. Foto: www.bbc.com.

Vice presidente e gabinete da crise


O Presidente em exercício, general Mourão disse que o governo estadual o afastamento da atual diretoria da Vale, a notícia foi publicada hoje pelo Estadão.

Brumadinho, 05h30 da manhã deste domingo, o alarme soa na cidade

Tudo que é ruim pode piorar,  e como sempre, é o que acontece na região de Brumadinho. Uma nova barragem, a de número seis, estáava na iminência de estourar. Se isso acontecesse os rejeitos iriam direto para a cidade de Brumadinho. Depois que bombeiros constataram a decrepitude da barragem, não restou alternativa a não ser evacuar parte dos moradores para os locais mais altos da cidade. Quatro bairros foram interditados entre eles Pires, Centro e Parque da Cachoeira. A partir de 14h30 chegou-se à conclusão que a barragem seis estava segura, assim, os trabalhos de busca foram retomados.Retrato da impunidade no Brasil. Dos 21 gestores da Vale condenados no acidente de Mariana, nenhum ainda foi preso passados três anos. Foto: noticias.r7.com.

Barragem número seis controlada, trabalhos de buscas são retomados

O perigo da barragem seis estourar a qualquer momento fez com  que suspendessem os trabalhos de busca, que depois voltaram.                  Nova barragem da Vale se rompe. Rastro de destruição. Foto: www.metropoles.com.

Acidente de Brumadinho será o maior  do mundo, entre mineradoras, em número de mortes

Especialistas falando na Globo News dizem que ao término dos trabalhos o acidente de Brumadinho “será o maior do mundo, na área de mineração, em quantidade de mortes”. Lembrando que até agora são 60 corpos recolhidos, mais 292 desaparecidos que, infelizmente, devem estar soterrados na lama. Boa parte deles deve estar no refeitório da Vale, que ficava em lugar errado, do ponto de vista da engenharia, “porque ficava bem no caminho dos rejeitos se houvesse estouro da barragem”.                Nova barragem da Vale se rompe. Horror dos horrores. Quem estava lá dentro? Foto: UOL. 

Governo de Minas levanta os prejuízos

Estadão, segunda, 15hs: “O governo de Minas Geraisestá fazendo um levantamento dos prejuízos aos produtores rurais da região, após o rompimento da barragem da Vale em Bernardinho. Na cidade de Brumadinho, a indicação de dados preliminares é que as áreas atingidas são, principalmente, de plantio de hortaliças.

Advogado da Vale diz que empresa não tem culpa

Ainda segundo o Estadão desta segunda, “Mais cedo, o advogado Sergio Bermudes, um dos principais defensores da mineradoraafirmou que “não vê responsabilidade” da companhia sobre o rompimento da barragem em Brumadinhoe que já havia enviado à Justiça mineira pedido de reconsideração sobre as decisões que bloquearam mais de R$ 11 bilhões do caixa da empresa.” Ao mesmo tempo, a Vale informou que pretende ‘doar’ cem mil reais para cada família de pessoa morta, numa clara aceitação que a culpa é dela.

A licença da barragem

Segundo a Folha de S. Paulo, ” a Ata da reunião extraordinária do órgão ambiental de Minas Gerais que aprovou em dezembro, de forma acelerada, a ampliação das atividades do complexo Paraopeba, que inclui a Córrego do Feijão, mostra que o risco de rompimento, que acabou acontecendo nesta sexta (25), foi objeto de discussão.”                                          Nova barragem da Vale se rompe. 

Providências

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, informou que ‘a lama está sendo monitorada para impedir que contamine o São Francisco, já que o rio Paraopeba é um de seus afluentes’. Para tanto foram mobilizados a ANA, Agência Nacional da Água, e o Ibama. O ministro também falou numa multa de R$ 250 milhões contra a Vale. A Vale teve 11 bilhões de reais bloqueados pela justiça para pagar indenizações e que tais.

136 militares de Israel chegaram a Brumadinho

A repercussão internacional do acidente é enorme. Resultou na oferta do Primeiro Ministro de Israel de uma equipe de ponta, com equipamentos ultramodernos, que já estão em  Brumadinho.

Nova barragem da Vale se rompe

A barragem do Córrego do FeijãoBrumadinho, Região Metropolitana de Minas Gerais, rompeu-se no fim da manhã de sexta-feira. A barragem é da Vale S.A, empresa responsável pela maior tragédia ambiental do Brasil, três anos atrás, em Mariana, quando 19 pessoas morreram soterradas pela lama e o distrito de Bento Rodrigues foi apagado do mapa, totalmente soterrado.                                      A região da tragédia. 

Novidades sobre Nova barragem da Vale se rompe

Jair Bolsonaro sobrevoou Brumadinho. Assistiu  in loco o resultado de um crime anunciado, em razão da pouca transparência que existe entre a sociedade brasileira, e as empresas de mineração. Três anos atrás a mesma Vale foi responsabilizada pelo ‘maior acidente ecológico do Brasil‘, com 19 mortes, quando do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. O Mar Sem Fim lembra que até agora muito pouco foi feito em prol dos que perderam tudo neste acidente.                          Foto: exame.abril.com.br. 

O Presidente e o Meio Ambiente

O Mar Sem Fim está careca de saber que a gestão Bolsonaro, que mal começou, não tem nada a ver com o acidente. Mas não podemos desperdiçar o momento para questionar mais uma vez suas ideias. Não somos menos patriotas por termos divergências com o presidente.  Isso é o que se chama democracia, divergir, e discutir, são as melhores soluções. Mas vamos combinar que, desde que Bolsonaro foi multado pelo ICMBio, em 2012, em Angra dos Reis, temos acompanhado os passos dele, versus a questão do meio ambiente que para nós é tão cara. Por quê? Porque consideramos que Bolsonaro não entende patavina do assunto, cansou de falar bobagens e ser obrigado a voltar atrás em seguida, sempre com ar de deboche para com os órgãos responsáveis pelo meio ambiente. Um presidente da República que quer ser levado a sério, não pode falar bobagens a torto e a direito e depois voltar atrás. Simplesmente não funciona. Perde-se a confiança.

‘Licenciamento ambiental é obstáculo ao crescimento’

É isso que o Presidente apregoa quase toda semana desde que estava em campanha. Senhor presidente, ainda considera que o ‘Ibama é uma fábrica de multas’? Que o ‘licenciamento ambiental é obstáculo ao crescimento’? Infelizmente, este trágico acidente mostra mais uma vez a importância de um ministério do Meio Ambiente bem aparelhado por equipes, e equipamentos. O que não acontece. O Ibama e o ICMBio jamais tiveram o investimento que merecem. São deficitários em equipes e equipamentos como já demonstramos várias vezes. Assim como quase todos os órgão responsáveis por fiscalização.               Barragem Menezes II – Mina Córrego do Feijão. Foto:valeinformar.valeglobal.net    

Corpo de Bombeiros fala em sumiço de 279 pessoas

corpo de bombeiros anunciou desaparecimento de 279 pessoas. A história fica mais pesada a cada minuto.  O rio Paraopebaafluente do São Francisco, foi contaminado pelos rejeitos. Não se sabe se eles atingirão o São Francisco, os bombeiros se concentram em salvar pessoas, eles não podem fazer nada quando à contaminação dos rios.                       Foto: www.sistemampa.com.br. Nova barragem da Vale se rompe. 

Cenário de terra arrasada

As imagens da televisão, em tempo real, mostram um cenário de terra arrasada. Casas são soterradas pelo mar de lama em movimento, em segundos.              Barragem I – Mina Córrego do Feijão. Fonte: valeinformar.valeglobal.net                               Segundo  informações do Corpo de Bombeiros, que atende o município, há vítimas, e várias viaturas foram enviadas ao local, além de vários helicópteros                 Nova barragem da Vale se rompe. Foto: cbn.globoradio.globo.com   

Ações da Vale caíram 8% na bolsa de Nova York; e 20% na de SP

A GloboNews informa que “as ações da Vale caíram 8% na bolsa de Nova York”. Lembrando que sexta foi feriado, por isso a BOVESPA não abriu. Enquanto isso, no Brasil, Jair Bolsonaro não perdeu a oportunidade e se manifestou via tweet. Nesta segunda , diz o Estadão, “A Bolsa de São Paulo chegou a perder quase 3 mil pontos nesta segunda-feira, 28, e bateu no nível dos 94 mil pontos com a forte queda nas ações da Vale e da Bradespar. As ações ordinárias das duas companhias perdiam mais de 20% logo no início de pregão, repercutindo a tragédia em Brumadinho (MG), no primeiro dia de negociações após o ocorrido.”            Nova barragem da Vale se rompe.O presidente não larga o twitter  …                                       Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, “a Vale perdeu R$ 71 bilhões em valor de mercado depois do acidente de Brumadinho.”

A Vale

A Vale tem alguns de seus projetos como ‘referência em tratamento ambiental’, Carajás, por exemplo, o maior  complexo minerário (de minério de ferro) do mundo. Segundo o site www.pontosbr.com, “a Mina de Ferro de Carajás, localizada na Serra dos Carajás, município de Parauapebas, sul do Pará,  explorada pela Companhia Vale S.A é a maior mina de ferro a céu aberto do mundo.” E o Mar Sem Fim observa que no Pará o trabalho ambiental que a empresa fez, para mitigar os problemas causados pela gigantesca obra, e o brutal impacto ao meio ambiente, é exemplar. Ainda assim, nas de Minas Gerais, pelo menos, o comportamento da gigante da mineração mundial é no mínimo irresponsável. Não é possível que não tenha aprendido a lição do primeiro acidente, quando o  distrito de Bento Rodrigues foi apagado do mapa.

A Vale é uma empresa irresponsável em Minas Gerais

Não é a primeira, vez, repetimos. A Vale é responsável ‘pelo maior acidente ecológico do Brasil‘, a tragédia de Mariana, acontecida três anos atrás, quando 19 pessoas morreram, e Bento Rodrigues foi soterrado. Neste primeiro acidente a empresa matou também um curso água, o Rio Doce.

Três anos depois, o caso da Barragem do Fundão, em Mariana, não foi pra frente

Passados três anos da tragédia de Mariana, os pescadores artesanais continuam sem ter onde pescar; as indenizações ainda não foram pagas; a construção do novo povoado ainda não saiu do papel. Esta é a Vale do Rio Doce. O jornal Estado de Minas publicou matéria. O título diz tudo: “Três anos depois do rompimento da barragem do Fundão, o pesadelo continua. Na Justiça criminal ou nos tribunais cíveis, a tragédia do rompimento da Barragem do Fundão permanece, três anos depois, uma questão sem resposta para as quase 500 mil pessoas atingidas entre Minas Gerais e o Espírito Santo.” O Mar Sem Fim observa que, tanto na Barragem de Fundão, como na de Brumadinho, a empresa sequer tocou o alarme para avisar os cidadãos.

Rio Doce, inquérito não levou a nada

Em Outubro de 2016, quase um ano depois da tragédia, finalmente o inquérito chegou ao seu final.  O “MPF denunciou 21 gestores e conselheiros, por homicídio doloso”. Mas, mais uma vez passados três anos, nenhum diretor foi preso.

Rio Doce, Ibama não aceitou plano de recuperação Ambiental

Veja a cara-de-pau, e a impunidade imperando apesar dos pesares. Uma das obrigações da Samarco, depois da tragédia, foi apresentar um plano de recuperação ambiental para todo o vale do Rio Doce. A empresa  mostrou plano tão ruim que não foi aceito. Segundo o Ibama, o que a Samarco apresentou era…
…de caráter genérico e superficial, sem considerar o imenso volume de informações produzidas e disponíveis até o momento, além de apresentar pouca fundamentação metodológica e científica…
Por estas e outras, aconteceu Brumadinho. Só que agora não são apenas 19 mortos, mas centenas. O Mar Sem Fim considera que, tudo a seu tempo, os gestores da Vale merecem cadeia.

Vale, Samarco, BHP Billiton, consórcio de irresponsáveis

Repetimos parágrafo de matéria anterior sobre a Vale e suas associadas, quando aconteceu a tragédia de Mariana.”O pior é que é sabido que a Samarco pressionou por uma licença que sabia fora dos padrões, não alertou os moradores, e é sócia duma empresa que tem a moral abaixo de cu de cobra, a BHP Billiton, que adora tapear governos fracos. Não, essa turminha da Samarco e da Vale sabia exatamente onde estava se metendo. Se a sociedade não fizer sua parte, acompanhando, repelindo estas vãs tentativas de ‘deixa pra lá’, a coisa vai, sim, pro brejo.”
Infelizmente, a ‘coisa’ foi pro brejo mesmo. A sociedade aos poucos se desmobilizou, parou de pressionar, e o assunto saiu das pautas dos jornais. Resultado? Taí o repeteco do grotesco acidente, fruto de descaso total da Vale e associadas.

BHP Billiton e o relatório Dirty Energy

BHP Billiton, sócia da Vale, é tão famosa por sua conduta predatória que gerou um relatório alternativo,  BHP Billiton Dirty Energy, informando sobre a destruição de comunidades na ColômbiaIndonésiaAustrália, Papua Nova Guiné, entre outros países. Acrescente-se agora, a morte do Rio Doce, e a tragédia de Brumadinho.

Alguns dados da Vale do Rio Doce

A vale é a “31ª maior empresa do mundo, atingindo um valor de mercado de 298 bilhões de reais. Em novembro de 2007, a marca e o nome de fantasia da empresa passaram a ser apenas Vale S.A. Foi privatizada no maio de 1997- durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em janeiro de 2012 foi eleita como a pior empresa do mundo, no que refere-se a direitos humanos e meio ambiente, pelo “Public Eye People´s”, premiação realizada desde o ano 2000 pelas ONG’s Greenpeace e Declaração de Berna. Dessa forma a Vale tornou-se a primeira empresa brasileira a “vencer” tal eleição, também conhecida como “Oscar da Vergonha“. A escolha foi realizada por meio de votação pública, tendo a Vale recebido 25 mil votos. Em segundo lugar na eleição ficou a japonesa Tepco, responsável pela operação das usinas nucleares de Fukushima, atingidas por um tsunami em março de 2011.”

Nova barragem da Vale se rompe, Ibama informa sobre dimensão do acidente

Ibama declarou que a tragédia de Mariana  despejou 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos, contra 13 milhões de Brumadinho.Apesar disso, o custo em perdas humanas é exponencialmente maior nesta repetição ‘made in Vale’.                                                 Novo vídeo                                             https://youtu.be/9Hnhn7QJiPQ?                                  t=16https://www.youtube.com/watch?time_continue=23&v=Lbx2PcBRkpc    
 Fontes: https://gauchazh.clicrbs.com.br/; https://valeinformar.valeglobal.net/BR/MG/Paginas/Home-14-03-18.aspx?pdf=1; https://exame.abril.com.br/brasil/bombeiros-rompimento-de-barragem-em-brumadinho-deixa-200-desaparecidos/; https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/risco-de-rompimento-foi-citado-na-tensa-reuniao-que-aprovou-licenca-da-barragem.shtml; https://www.pontosbr.com/mina-de-ferro-carajas-vale-do-rio-doce-parauapebas-pa-21.html; https://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_S.A.

quarta-feira, agosto 08, 2018

Deutsche WelleAstronauta mostra a estiagem na Europa vista do espaço

Continente tem batido recordes de temperatura, inclusive com focos de incêndio 

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Alexander Gerst
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 Há 10 horas
Em seguida, o astronauta divulgou, para efeito de comparação, algumas imagens da Europa capturadas em 2014, quando participou de uma missão na ISS pela primeira vez. "Diferença enorme, visível a olho nu a partir do espaço", comentou.                                                                                  
A atual onda de calor foi sentida de norte a sul do continente europeu. Em Portugal, temperaturas recordes foram registradas, chegando a 46,8°C na cidade de Alvega. A Suécia teve seu verão mais quente em 260 anos.
Na Alemanha, o calor, com vários dias de temperaturas acima dos 35°C, fez o nível de rios como o Reno baixar drasticamente, forçando embarcações de transporte a navegar com carga reduzida.
A estiagem também fez com que agricultores alemães solicitassem ajuda do governo para compensar as safras perdidas. Segundo o presidente da Associação de Agricultores Alemães (DBV), bilhões de euros devem ser necessários para compensar perda de até 70% das safras em algumas áreas.
Gerst, que tem 1,19 milhão de seguidores do Twitter, já se manifestou diversas vezes sobre problemas ambientais. Em entrevista neste ano, ele comentou o que notou quando viu a Amazônia do espaço: "Há gramado em vez do verde-escuro da floresta."
O astronauta partiu rumo à ISS pela segunda vez em junho, na missão Horizons. No espaço, ele vem trabalhando em 50 experimentos europeus, incluindo alguns que estudam como os músculos e o cérebro reagem à vida fora da Terra. Durante dois meses da missão, que deve ser encerrada em dezembro, Gerst será o primeiro alemão a assumir o comando da estação internacional.

sexta-feira, julho 27, 2018

Rancho Paraíso: 02 KM de Indianopolis



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segunda-feira, julho 16, 2018

New York Times
Com 10 mil pessoas, resgate na Tailândia teve inundação, tensão e sorte
'Ainda não consigo acreditar que deu certo' diz militar que participou da operação
MAE SAI (TAILÂNDIA)
Contras as probabilidades, a maioria dos meninos foi resgatada sem erros.
Mas na viagem número 11, para salvar um dos últimos meninos de um time de futebol juvenil que estavam bloqueados havia 18 dias nas profundezas de uma caverna, alguma coisa deu perigosamente errado.
equipe de resgate no interior de uma câmara subterrânea sentiu um puxão na corda guia —sinal de que um dos 12 garotos e seu técnico iria emergir em breve dos túneis inundados.
“Continuem”, disseram os socorristas, recordou o major da Força Aérea americana Charles Hodges, comandante de missão da equipe americana no local.
Passaram-se 15 minutos. Depois 60. Depois 90.
Enquanto os socorristas aguardavam ansiosamente, um mergulhador que estava conduzindo o 11º menino pelo labirinto inundado soltou a corda guia. Com visibilidade quase zero, não conseguiu reencontrá-la. Ele então retrocedeu lentamente, voltando para trás na caverna para localizar a corda guia. Só assim o resgate pôde seguir adiante. Finalmente o menino sobrevivente saiu em segurança.

Foi um momento assustador em uma operação até então surpreendentemente sem falhas para resgatar os membros do time de futebol Javalis Selvagens, que haviam sobrevivido à escuridão impenetrável do complexo de cavernas Tham Luang, na Tailândia, às vezes lambendo água das paredes geladas de calcário da caverna para se hidratarem.

“O mundo inteiro estava acompanhando tudo, então tínhamos que conseguir”, disse Kaew, SEAL da Marinha tailandesa que abanou a cabeça de espanto ao refletir sobre como cada um dos resgates deu certo. “Acho que não tínhamos outra escolha.”
Entrevistas com militares e autoridades responsáveis forneceram detalhes sobre uma operação de resgate montada com a contribuição física e intelectual de pessoas de todo o mundo. Dez mil pessoas participaram da operação, incluindo 2.000 soldados, 200 mergulhadores e representantes de cem agências governamentais.
Foram usados casulos plásticos, macas flutuantes e uma corda guia que içou os garotos e o técnico para que suas macas passassem sobre trechos de elevação rochosa. Os garotos ficaram isolados numa encosta rochosa a mais de 1.500 metros abaixo da superfície. Para retirá-los foi preciso atravessar longos trechos totalmente debaixo d’água de baixíssima temperatura, mantendo-os os submersos por cerca da 40 minutos cada vez. Os garotos chegaram a ser sedados para evitar ataques de pânico.
“O elemento mais importante do resgate foi a sorte”, disse o general Chalongchai Chaiyakham, vice-comandante da 3ª região do Exército tailândes, que cooperou com a operação. “Tantas coisas poderiam ter dado errado, mas de alguma maneira conseguimos tirar os meninos de lá. Ainda não consigo acreditar que deu certo.”
Os riscos foram enfatizados na sexta-feira (6) passada, quando Samarn Kunan, mergulhador aposentado dos SEALs tailandeses, morreu em um dos trechos debaixo d’água. Três mergulhadores SEALs foram hospitalizados depois de seus cilindros de ar comprimido quase se esgotarem. As correntezas fortes desviaram os mergulhadores do caminho durante horas a cada vez, às vezes arrancando suas máscaras de mergulho.
Usando equipamentos improvisados, em alguns casos remendados com fita adesiva, mais de 150 mergulhadores da Marinha tailandesa ajudaram a criar a rota de retirada. Mergulhadores internacionais e tailandeses correram risco de vida cada vez que penetraram nas cavernas estreitas de Tham Luang. Equipes militares estrangeiras trouxeram equipamentos de busca e resgate. Os americanos forneceram a logística, e mergulhadores britânicos cobriram os trechos mais perigosos.
O novo rei da Tailândia doou suprimentos. Pessoas de todo o país cooperaram voluntariamente como podiam, preparando refeições para a equipe de resgate, operando bombas para sugar água da caverna e procurando fendas ocultas nas formações de calcário pelas quais os Javalis Selvagens talvez pudessem ser içados para fora da caverna.
Mas, segundo mergulhadores e líderes da operação, o elemento mais imprescindível na operação para salvar o time de garotos de 11 a 16 anos e seu técnico foi a coragem.
“Não tenho conhecimento de nenhum outro resgate que tenha colocado socorristas e resgatados em tanto perigo por um período de tempo tão prolongado, exceto algo como os bombeiros que entraram no World Trade Center cientes de que o edifício estava em chamas e prestes a desabar”, disse Hodges.
Finalmente o menino sobrevivente saiu em segurança.

COMEÇOU COMO UMA COMEMORAÇÃO DE ANIVERSÁRIO

Havia previsão de chuva no dia 23 de junho, quando os Javalis Selvagens fizeram sua excursão a Tham Luang, mas os garotos já tinham se aventurado na caverna em ocasiões anteriores. Eles deixaram suas bicicletas e chuteiras na entrada e entraram na caverna levando faroletes, água e lanches comprados para comemorar o aniversário de um dos meninos.

O último dos meninos só sairia da caverna no dia 10 de julho, mais de 15 dias depois.

Ao final da primeira noite, seus pais estavam em pânico. Um contingente de SEALs tailandeses começou a penetrar na caverna inundada às 4h do dia seguinte.
Mas eles estavam acostumados a mergulhar em águas tropicais abertas, não na correnteza barrenta e gelada que percorria as cavernas. Não tinham os equipamentos e muito menos os conhecimentos necessários para mergulhar em cavernas, onde não é possível simplesmente voltar para a superfície quando alguma coisa dá errado.
Ruengrit Changkawanuyen, gerente regional tailandês da General Motors, foi um dos primeiros mergulhadores voluntários a comparecer ao local, no dia 25 de junho. Dezenas viriam a seguir, chegando de países que incluíram a Finlândia, Reino Unido, China, Austrália e Estados Unidos.
A força da água em Tham Luang pegou desprevenido mesmo um mergulhador em cavernas experiente como Ruengrit, arrancando sua máscara quando ele não se posicionou corretamente, diretamente de frente para a corrente.
“Era como entrar em uma cachoeira muito forte e sentir a água se lançando contra você”, ele contou. “Era uma escalada horizontal contra a água a cada passo.”
Os SEALs e os mergulhadores voluntários penetraram a caverna com grande cuidado, fixando cordas guias às paredes para garantir sua segurança. Eles encontraram pegadas que davam indícios do caminho seguido pelos garotos. Mas as chuvas das monções foram inundando a área, e as cavernas, feitas de calcáreo poroso, absorviam a água como uma esponja. Cavernas antes acessíveis ficaram completamente inundadas.
“Você estendia sua mão à sua frente e ela sumia”, disse Kaew, o SEAL que escapou do dilúvio final. “Não dava para enxergar nada, nada.”
UMA TRILHA GELADA E ESCORREGADIA

Nas profundezas das cavernas a água era tão gelada que os dentes dos mergulhadores tailandeses batiam quando eles faziam descansos durante seus turnos de 12 horas. Sem contar com capacetes apropriados, eles prendiam diversos tipos de faroletes a seus capacetes improvisados, usando fita adesiva.
No décimo dia da operação, 2 de julho, com poucas esperanças de encontrar qualquer coisa exceto corpos, dois mergulhadores britânicos que trabalhavam para estender uma rede de cordas guias vieram à superfície perto de uma saliência rochosa estreita.
De repente, viram 13 pessoas sentadas no escuro. Os Javalis Selvagens tinham ficado sem comida e sem luz, mas haviam sobrevivido lambendo a condensação das paredes da caverna.
Mas o júbilo com a descoberta em pouco tempo deu lugar à ansiedade. O capitão Anand Surawan, vice-comandante dos SEALs tailandeses que comandava um centro operacional em Tham Luang, sugeriu que os garotos e seu técnico talvez tivessem que permanecer na caverna por quatro meses, até a estação das chuvas chegar ao fim.
Três SEALs tailandeses ficaram desaparecidos por 23 horas, e, quando finalmente reapareceram, estavam tão enfraquecidos por falta de oxigênio que foram levados ao hospital às pressas.
Quatro dias depois de os garotos terem sido localizados, Saman Kunan, o SEAL aposentado que deixou seu emprego de segurança em um aeroporto para se oferecer como voluntário para participar do resgate, morreu quando estava colocando cilindros de ar numa rota de suprimento debaixo da água. Sua família não autorizou uma autópsia, mas algumas autoridades tailandesas dizem que ele ficou sem ar em seus cilindros. Outros acreditam que ele tenha morrido por hipotermia.
“Tenho orgulho enorme dele”, disse seu pai, Wichai Gunan, mecânico de automóveis. “Meu filho é um herói que fez tudo que pôde para ajudar os garotos.”
Enquanto isso, os esforços para drenar a caverna, usando bombas de água e um dique improvisado, começaram a surtir efeito. Saliências rochosas começaram a elevar-se da água turva. O trecho mais inundado, que levara cinco horas para ser percorrido no início da operação, agora podia ser atravessado em duas horas, com a ajuda das cordas guias.
UMA CORRIDA CONTRA A CHUVA PARA DAR INÍCIO AO RESGATE
No último fim de semana, os socorristas estavam ansiosos por retirar os meninos. A previsão meteorológica voltava a apontar para chuva. O nível de oxigênio no local onde os garotos estavam havia caído para 15%. Quando chegasse a 12%, o ar se tornaria letal.
A operação mudava constantemente de figura, de acordo com cada variável: a água, o ar, a lama, até mesmo o estado mental e físico dos garotos. Como eles não sabiam nadar, precisavam de máscaras de mergulho que cobrissem o rosto inteiro, dentro do qual seria bombeado ar com forte teor de oxigênio.
Mas as máscaras trazidas pela equipe americana eram feitas para adultos. Então a equipe as testou com crianças voluntárias numa piscina local e descobriu que, puxando as cinco correias ao máximo, elas poderiam funcionar.
A equipe americana, composta de 30 pessoas e que foi crucial para o planejamento da operação, recomendou que cada menino fosse confinado dentro de um casulo de plástico flexível, conhecido como um Sked, que é descrito como maca de resgates e faz parte dos equipamentos padronizados da equipe da Força Aérea.
Mergulhadores britânicos especializados conduziram os meninos pelos trechos submersos mais complicados, de olho em bolhas de ar que comprovassem que eles estavam respirando.
O primeiro-ministro da Tailândia, Prayuth Chan-ocha, disse que os garotos receberam tranquilizantes.
“Eles só precisavam ficar deitados ali”, disse Hodges, líder da equipe americana. 
Quando os meninos completaram a parte do trajeto feita debaixo d’água, que levou cerca de duas horas, o resto do percurso foi mais fácil, se bem que não deixou de trazer desafios. Os SEALs formaram equipes de revezamento para carregar os garotos na descida de encostas íngremes em que cada passo era escorregadio.
Em um ponto, os casulos plásticos contendo os meninos foram colocados sobre as mangueiras das bombas d’água, que foram usadas como um escorregador improvisado. Cordas içaram os garotos ao alto para que pudessem passar por cima das partes especialmente acidentadas. Em um trecho, os casulos foram colocados em cima de macas flutuantes e empurrados pelos mergulhadores tailandeses.
PROTEÇÃO DIVINA
O Seal tailandês Kaew estava parado no meio da água gelada da caverna na noite de terça-feira, engolindo a última mordida de uma pizza de abacaxi e frutos do mar, quando ouviu um grito de aviso: havia mais água vindo. Era preciso sair já.
Durante três dias exaustivos, ele e seus colegas tinham carregado os 12 garotos e o técnico, um a um, por uma série de cavernas escorregadias e íngremes, entregando-os em segurança.
Minutos antes do aviso, ele tinha dado as boas-vindas de volta à equipe de SEALs que permaneceu com os garotos durante oito dias na encosta onde estavam refugiados nas profundezas do labirinto inundado de Tham Luang.
“Os meninos estavam em segurança, meus amigos estavam em segurança”, disse Kaew, que não foi autorizado a dar seu nome completo. “Pensei que a missão tinha sido um sucesso, finalmente.”
E então, quando parecia que tudo estava terminado, uma das bombas de drenagem usada para reduzir o nível de água nas cavernas deixou de funcionar. A água, que antes estava ao nível da cintura do mergulhador, subiu rapidamente para a altura de seu peito, jorrando com grande força no lugar onde Kaew se encontrava, a cerca de 800 metros da boca da caverna. Sem nenhum equipamento de mergulho à mão, o SEAL teve que correr para procurar um lugar mais elevado. Ele escapou por um triz da inundação final.
Foi um final caótico da operação de resgate. Muitos dos mergulhadores e moradores da cidade próxima de Mae Sai encararam a inundação de último minuto como sinal de que a proteção divina só tinha sido retirada depois que todos haviam sido resgatados.
Kaew passou a missão inteira com um amuleto de Buda pendurado de seu pescoço com fita adesiva à prova d’água. “A caverna é sagrada”, ele disse. “Ela recebeu proteção até o final.”

Hannah Beech , Richard C. Paddock e Muktita SuhartonoTHE NEW YORK TIMES
Tradução de Clara Allain